Divórcios somam mais de 3 mil e casamentos alcançam maior número da série histórica no Tocantins
15 dezembro 2025 às 14h22

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As Estatísticas do Registro Civil mostram que o Tocantins alcançou, em 2024, o maior número de casamentos já registrado desde o início da série histórica em 2013. Ao todo, foram contabilizadas 8.539 uniões formalizadas entre pessoas de sexo diferente, superando os 7.276 registros observados em 2023. Foi a primeira vez que o estado ultrapassou a marca de 8 mil casamentos em um único ano.
No mesmo período, os registros de casamentos entre pessoas do mesmo sexo apresentaram variação. As uniões entre homens somaram nove em 2024, número inferior às 16 registradas em 2023. Já os casamentos entre mulheres mantiveram estabilidade, com 14 registros, repetindo o quantitativo do ano anterior.
O levantamento aponta que 3.236 divórcios foram registrados no Tocantins em 2024. Desse total, 2.355 ocorreram por via judicial e 881 de forma extrajudicial. Quanto ao tempo de duração das uniões, 495 divórcios envolveram casamentos com 26 anos ou mais. Relações entre 20 e 25 anos somaram 236 dissoluções, enquanto aquelas entre 10 e 19 anos contabilizaram 876 registros.
Casamentos com menos de um ano de duração responderam por 161 divórcios, enquanto uniões que duraram exatamente um ano somaram 172 desfazimentos. Em relação ao regime de bens, 3.012 divórcios ocorreram sob o regime de comunhão parcial, 125 na categoria de separação, 93 em comunhão universal e seis não tiveram o tipo informado.
Óbitos de homens seguem superiores aos de mulheres
Em 2024, foram registrados 9.098 óbitos no Tocantins. Desse total, 5.528 foram de homens e 3.560 de mulheres, mantendo a tendência observada em toda a série histórica. Em dez registros, o sexo não foi declarado.
A maioria das mortes ocorreu em hospitais, com 6.247 registros. Os óbitos em domicílio somaram 1.955 casos, enquanto 508 ocorreram em vias públicas. Outros locais concentraram 340 registros, e 48 tiveram a informação ignorada.
Maio foi o mês com maior número de falecimentos, com 878 registros, seguido por abril, com 838. Setembro contabilizou 790 mortes e outubro, 777. Fevereiro apresentou o menor total, com 673 óbitos, enquanto janeiro somou 676 registros.
Idosos concentram a maior parte das mortes
A análise por faixa etária mostra que 98 pessoas com 100 anos ou mais faleceram no Tocantins em 2024, sendo 44 homens e 54 mulheres. No conjunto geral, a maior concentração de óbitos ocorreu entre pessoas de 80 a 84 anos, com 993 registros.
Idosos de 75 a 79 anos somaram 913 mortes, enquanto aqueles de 70 a 74 anos contabilizaram 871 óbitos. Entre os mais jovens, bebês com menos de um ano representaram 279 mortes no período. Crianças de um a 14 anos, somadas, totalizaram 103 óbitos.
De acordo com levantamento do IBGE, o Tocantins ocupou a terceira posição nacional em proporção de mortes por causas externas, consideradas não naturais. Em 2024, 11,2% dos óbitos registrados no estado foram classificados nessa categoria, ficando atrás apenas do Amapá, com 13,9%, e do Maranhão, com 11,3%.
O Registro Civil contabilizou 21.883 nascidos vivos no Tocantins em 2024. O número manteve a média dos últimos levantamentos, mas foi o menor desde 2004, quando 20.367 bebês nasceram no estado. Em 2023, haviam sido registrados 22.959 nascimentos, o que representa uma redução de 5,8% de um ano para o outro.
Do total de nascimentos em 2024, 11.169 foram do sexo masculino e 10.677 do sexo feminino, enquanto 37 registros constaram como sexo ignorado. Abril foi o mês com maior número de nascimentos, com 2.147 registros. Maio somou 1.971, julho 1.847 e junho 1.846. Dezembro apresentou o menor quantitativo, com 1.619 nascimentos.
Perfil dos partos e idade das mães
A maioria dos partos resultou em nascimento único, com 21.478 registros. Outros 403 partos foram de gêmeos, e apenas dois casos envolveram três crianças ou mais. Quanto ao local de ocorrência, 21.652 nascimentos ocorreram em hospitais, 84 em domicílios, 135 em outros locais e 12 não tiveram a localidade informada.
A pesquisa também analisou a idade das mães no momento do registro de nascimento. Em 2003, 64,4% das mulheres que registraram filhos tinham até 24 anos. Em 2024, esse percentual caiu para 40,5%, permanecendo abaixo da metade dos registros desde 2015. Em contrapartida, a participação de mulheres entre 30 e 49 anos mais que dobrou, passando de 14,5% em 2003 para 33,4% em 2024. As mães com 19 anos ou menos responderam, isoladamente, por 15,2% dos registros de nascimento no último ano.
