Em Palmas, advogada suspeita de desviar R$ 700 mil de clientes é presa pela Polícia Civil
12 março 2024 às 15h08
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A advogada Flávia Paulo Oliveira, de 36 anos, foi presa na manhã desta terça-feira, 12, em Palmas, em cumprimento a mandado de prisão preventiva, por suspeita de aplicar golpes em seus clientes. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), somente na 1ª Delegacia de Palmas são oito inquéritos policiais, em que os valores chegaram a cerca de R$700 mil desviados dos clientes. A sócia também é investigada.
O delegado Douglas Sie informou que a advogada é investigada pela 1ª DP desde 2017. “São dezenas de vítimas. Ela recebia procuração dessas vítimas para tramitar seus processos e um dos poderes que ela tinha seria o de receber os valores. Então, ela recebia esses valores que as vítimas ganhavam na Justiça e se apropriava desses valores, não repassando aos clientes, que procuraram a Polícia Civil para formalizar a denúncia”, explica.
A SSP afirmou que a advogada atuava em ações trabalhistas, ações cíveis, cancelamento de contratos, dentre outros. Para a SSP, o delegado não descarta que ela tenha feito vítimas em outros estados, uma vez que atuava em algumas causas fora do Tocantins.
No ano passado, a advogada foi indiciada por estelionato e falsidade ideológica em um caso na Capital. Especificamente nesse caso, uma cliente contratou os serviços da advogada para ajuizar uma ação com o objetivo de conseguir tomar posse em cargo público.
Ela teria enganado uma cliente ao alegar a necessidade de taxas judiciais, emitindo guias falsas para pagamento. Induzindo a cliente, arrecadou indevidamente R$ 180.761,70, enquanto o contrato de honorários era de R$ 5 mil. Além disso, a advogada não possuía registro na OAB na época do contrato, incorrendo em exercício ilegal da profissão. Outros inquéritos similares estão em andamento.
A Polícia Civil solicitou a suspensão do registro na OAB, e a Ordem atendeu à solicitação. A advogada foi localizada, presa e aguardará julgamento no Sistema Prisional. O delegado destaca que ela deve permanecer detida durante as investigações e processos pelos crimes cometidos.