Estudo aponta Tocantins como promissor na produção de minérios; Palmeirópolis é destaque
12 setembro 2025 às 17h32

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A gestão estadual, por meio da Agência de Mineração do Estado (Ameto), publicou um estudo que revela o Tocantins como destaque no cenário de minerais críticos e estratégicos. Com projetos geológicos, Palmeirópolis se tornou destaque nas reservas de Elementos de Terras Raras (ETR).
O Estado do Tocantins desponta como um promissor produtor de minerais fontes de terras raras, um segmento que ganha cada vez mais destaque. O cenário global atualmente dominado pela China, detém cerca de 85% do mercado mundial de ETR. O Brasil representa a segunda maior reserva potencial desses elementos.
Na região sul do estado, em Palmeirópolis, as pesquisas estão focadas nos projetos do complexo polimetálico e ETR, que visam a avaliação das reservas de zinco, cobre, chumbo, ouro, prata (Projeto Palma), além dos ETRs (Projeto Bluebush).
O chamado Projeto Palma segue com direito de pesquisa e tem 17 mil m² para exploração. Cerca de R$255 milhões estão sendo investidos no projeto. A região totaliza 6.050 hectares e compreende seis processos minerários.
Qual a importância?
Segundo Otton Nunes, geólogo responsável pela diretoria de geologia da Ameto, “a transição energética é uma realidade inquestionável e essencial para garantir a sobrevivência das próximas gerações”. Essa transformação pretende disponibilizar minerais críticos, como: Lítio, níquel, cobre, cobalto, grafita e ETR. “O Tocantins possui potencial geológico promissor para ocorrências desses elementos”, ele frisa. Esses elementos e terras raras são cruciais para a fabricação de produtos de alta tecnologia que moldam o futuro, abrangendo desde baterias, carros elétricos, turbinas eólicas, painéis solares, smartphones e outros.
O Governo do Tocantins estabeleceu um acordo de cooperação técnica com o Serviço Geológico do Brasil (SGB), que prevê adotar práticas responsáveis e sustentáveis na mineração, conforme o Plano Nacional de Mineração (PNM) do Governo Federal.
O que isso significa para o futuro?
Para a Ameto, o estado do Tocantins pode se posicionar como uma nova fronteira mineral protagonista na transição energética global, alavancando sua riqueza mineral em benefício do desenvolvimento sustentável e da segurança econômica. A Agência complementa que, com o devido investimento e inovação, a produção de minerais pode mudar o cenário econômico do Estado.
* Gabes Guizilin cumpre estágio obrigatório por meio do convênio firmado entre o Jornal Opção e a Universidade Federal do Tocantins (UFT), sob supervisão de Elâine Jardim.