Durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), que será realizada em Belém (PA) entre os dias 10 e 21 de novembro, estará aberta à visitação a exposição “Festa de Peixe e Lontra – Histórias do Povo Krahô”, do fotojornalista tocantinense Emerson Silva. O evento internacional reunirá chefes de Estado, ministros, diplomatas, representantes da ONU, cientistas, empresários, organizações não governamentais, ativistas e integrantes da sociedade civil de mais de 190 países.

Além das discussões sobre as mudanças climáticas e estratégias para enfrentamento do problema, os participantes da conferência poderão visitar diversas atrações culturais na capital paraense. Entre elas, estão as exposições do Centro de Cultura e Turismo Sesc Ver-o-Peso, que integram a programação paralela ao evento.

Entre as mostras em cartaz no Sesc Ver-o-Peso está o trabalho de Emerson Silva, lançado em 18 de setembro em Belém, dentro da programação do Sesc Amazônia das Artes. Segundo o fotojornalista, a proposta de estender o período de exibição partiu do Sesc Pará, com o objetivo de ampliar as opções culturais disponíveis aos visitantes da COP30.

“É uma honra ter um trabalho que pode ser visto por pessoas do mundo todo que vão participar da programação da COP30. Ainda mais sendo uma exposição sobre a cultura do Povo Krahô. A voz dos indígenas sempre foi fundamental nos debates sobre o clima e o meio ambiente. Conhecer mais sobre a diversidade cultural desses povos é uma forma de entender porque eles devem estar no centro das discussões dessa Conferência das Nações Unidas”, disse Emerson Silva.

Exposição
Selecionada pelo projeto Sesc Amazônia das Artes 2025, a exposição “Festa do Peixe e Lontra – Histórias do Povo Krahô” apresenta parte da cosmologia do Povo Krahô por meio de fotografias, documentário e livro bilíngue. Além de Belém, o trabalho já foi exibido em Palmas, São Luís e Teresina.

“Minha participação no Sesc Amazônia tem sido enriquecedora. É maravilhoso buscar entender a diversidade de olhares sobre as artes, como o fator regionalidade interfere na percepção do indivíduo, e como essas diversas leituras compreendem meu olhar sobre a Cultura Krahô, e ao mesmo tempo veem aspectos universais na minha obra”, reflete Emerson Silva.

A produção fotográfica foi realizada com recursos próprios e por meio do Edital de Ocupação da Galeria Sesc de Artes Palmas 2021. O documentário contou com patrocínio da Lei Paulo Gustavo, via Secretaria de Cultura do Tocantins, e o livro teve apoio do projeto Sesc Cultura ConVida.

Minibio
Com mais de 23 anos de atuação no fotojornalismo tocantinense, Emerson Silva possui prêmios regionais e nacionais, além de diversas exposições individuais e coletivas. Entre elas, destacam-se a participação na mostra “Women that make a difference”, na sede da ONU, em Genebra (Suíça), e na exposição “Mil graus, 38º Panorama da Arte Brasileira”, realizada pelo Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM). O fotógrafo também já trabalhou em diferentes veículos de comunicação do Tocantins.

Atualmente, integra a Associação de Arte Ninho Cultural, é membro do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (NEABI/IFTO) e atua como colaborador da World Wide Fund for Nature Brasil (WWF Brasil) e do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM).