Gaeco cumpre 18 mandados de busca e apreensão para desmantelar fraudes em escritórios de advocacia

23 janeiro 2024 às 11h58

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Nesta terça-feira, 23, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Tocantins (MPTO) deflagrou a operação Praeda, desarticulando uma organização criminosa com ramificações em oito cidades do Tocantins. A ação envolveu o cumprimento de 18 mandados de busca e apreensão em residências e escritórios de advocacia.
A operação tem como objetivo reunir provas e desmantelar a suposta organização criminosa, que atuava em diferentes municípios, visando a obtenção de documentos e dados de pessoas vulneráveis, como analfabetos, aposentados e indígenas. A finalidade do grupo era realizar empréstimos consignados fraudulentos, apropriando-se indevidamente dos valores, e movimentar ações em massa na Justiça estadual contra instituições financeiras.
A ação, realizada em colaboração com a Polícia Civil, abrangeu 11 residências e sete escritórios em cidades como Ananás, Araguacema, Araguaína, Augustinópolis, Buriti do Tocantins, Dois Irmãos, Goiatins e Palmas. Participaram 60 policiais, 12 delegados, quatro agentes do Gaeco e sete promotores de Justiça. A palavra “Praeda”, que nomeia a operação, tem origem no latim e significa “presa”.
As investigações, iniciadas em maio de 2023 pelo Gaeco, apuram crimes como furto qualificado, apropriação indébita qualificada, estelionato qualificado, falsificação de documento particular, falsidade ideológica, uso de documento falso e fraude processual no contexto de uma organização criminosa.
A Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Tocantins (OAB-TO) acompanhou os trabalhos, garantindo as prerrogativas dos 14 advogados alvos da operação. O Ministério Público ressaltou que, embora a maioria dos profissionais da advocacia atue de forma honrada, é necessário apurar pontualmente desvios cometidos por alguns integrantes.