Governo do Tocantins deixa de pagar R$ 2 milhões para servidores do sistema penal e socioeducativo, dizem entidades

O Sindicato dos Policiais Penais do Estado do Tocantins (SINDIPPEN-TO) e a Associação dos Agentes de Segurança Socioeducativos do Tocantins (ASSOETO) publicaram uma nota manifestando preocupação e insatisfação com a ausência de recursos destinados ao pagamento de plantões extras, diárias e indenizações relacionadas à sujeição ao serviço penal referentes ao mês de novembro. A informação foi compartilhada durante uma reunião com a Secretaria de Cidadania e Justiça (Seciju), gestora dos Sistemas Penal e Socioeducativo.

De acordo com a nota, os representantes das entidades — Wilton Angelis, presidente do SINDIPPEN-TO, e Marcos Júnior, presidente da ASSOETO — destacam que as categorias enfrentam atrasos no recebimento de valores já trabalhados. Eles também apontam que, enquanto o governo estadual celebra uma gestão eficiente e um suposto equilíbrio financeiro, as demandas dos trabalhadores não têm recebido a devida atenção.

Os representantes das categorias reforçaram que os pagamentos não se tratam de benefícios, mas de direitos trabalhistas previstos em lei. As reivindicações incluem a regularização de plantões extras e outros valores pendentes, considerados fundamentais para a dignidade dos servidores públicos. Os repasses esperados pelos servidores são de pouco menos de R$ 2 milhões, valor seis vezes menor que o do contrato da decoração natalina para a Praça dos Girassois.

A nota pede que o governo se manifeste com um cronograma claro e garantias concretas para solucionar as pendências apontadas. As categorias também afirmaram que continuarão se mobilizando até que haja um retorno satisfatório.

Procurada pela reportagem, a Secretaria de Cidadania e Justiça (Seciju) ainda não respondeu às questões levantadas na nota divulgada pelos representantes das entidades. O Jornal Opção Tocantins aguarda um posicionamento do Governo do Estado.