Neste domingo, 22, líderes de diversos países reunidos na Cúpula do Futuro, promovida pela Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova York, assinaram um documento com 56 ações voltadas para o futuro do planeta. Conforme a ONU, o acordo foi aprovado por consenso, com apenas sete nações, incluindo a Rússia, se opondo ao Pacto para o Futuro.

O pacto inclui medidas para implementar de forma rápida, ambiciosa e justa a Agenda 2030, com o objetivo de alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), sob o lema de “não deixar ninguém para trás”. A erradicação da pobreza é colocada como uma prioridade central.

Outras metas do acordo incluem acabar com a fome, proteger civis em zonas de guerra, buscar soluções pacíficas para conflitos, combater crimes transnacionais, avançar rumo a um mundo livre de armas nucleares, preservar os conhecimentos tradicionais e reformar o sistema de governança global.

No que tange à reforma do Conselho de Segurança da ONU, o documento reafirma o compromisso de expandir o número de membros e melhorar a representatividade de países da América Latina, Ásia-Pacífico e África. O texto destaca:  “Intensificaremos os nossos esforços no quadro das negociações intergovernamentais sobre a reforma do Conselho de Segurança, como uma questão prioritária e sem demora”.

Outra proposta é a reforma da arquitetura do financiamento internacional, com o objetivo de adaptar o sistema financeiro aos desafios impostos pelas mudanças climáticas. O fortalecimento das ações para enfrentar essas mudanças também é um dos pontos-chave do plano. O documento expressa preocupação com o ritmo lento de progresso no combate às mudanças climáticas e com o aumento contínuo das emissões de gases de efeito estufa. Ele também enfatiza a necessidade de apoiar os países em desenvolvimento, que são os mais vulneráveis aos efeitos negativos das mudanças climáticas.

O Plano também inclui o reforço de medidas voltadas ao combate às mudanças climáticas. “Estamos profundamente preocupados com o atual ritmo lento de progresso no combate às mudanças climáticas. Estamos igualmente profundamente preocupados com o crescimento contínuo das emissões de gases de efeito estufa e reconhecemos a importância dos meios de implementação e apoio aos países em desenvolvimento, e a crescente frequência, intensidade e escala dos impactos adversos das mudanças climáticas, em particular nos países em desenvolvimento, especialmente aqueles que são particularmente vulneráveis aos efeitos adversos das mudanças climáticas”, diz o texto.