O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um discurso neste domingo, 22, durante a Cúpula do Futuro, evento da Organização das Nações Unidas (ONU) realizado em Nova York, que antecede a Assembleia Geral agendada para terça-feira. Em sua fala, Lula enfatizou a necessidade de que os líderes mundiais demonstrem mais “ambição e ousadia”, abordando temas como a luta contra a fome e as mudanças climáticas, além de criticar a lentidão na adoção das metas de desenvolvimento sustentável da Agenda 2030 da ONU.

Lula chegou aos Estados Unidos no sábado (21) e permanecerá no país por cinco dias. Ele ressaltou que os líderes têm duas “grandes responsabilidades”: garantir os direitos humanos e criar oportunidades diante de novos desafios.

Ao falar sobre os avanços previstos no “Pacto pelo Futuro”, documento que será assinado pelos países na cúpula, Lula criticou a falta de reformas nas instituições, como a ONU. Desde seu primeiro mandato em 2003, ele defende a inclusão de países em desenvolvimento e potências globais no Conselho de Segurança, que, desde 1945, conta com apenas cinco membros permanentes: Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido. O Brasil, junto com Alemanha, Japão e Índia, compõe o “G4”, um grupo que busca aumentar as cadeiras permanentes no Conselho.

Além de Lula, estiveram presentes na sessão a primeira-dama Janja da Silva, o presidente do Senado Rodrigo Pacheco, e os ministros Mauro Vieira (Relações Exteriores) e Marina Silva (Meio Ambiente). Lula deve retornar ao Brasil na quarta-feira (25), em um momento delicado para a imagem internacional do país, que enfrenta desafios com incêndios e queimadas recentes.

Na Assembleia Geral da ONU, que começará na terça-feira, Lula será o primeiro chefe de Estado a discursar, abordando temas fundamentais de seus três mandatos, como inclusão social, combate à fome, a necessidade de resolver os conflitos na Ucrânia e na Faixa de Gaza, defesa da democracia e reformas nas instituições internacionais.

Além de suas atividades na ONU, Lula participará de um debate sobre a defesa da democracia e terá encontros bilaterais com outros líderes globais.