Mudanças para novo Ensino Médio propostas pelo Senado são rejeitadas na Câmara
10 julho 2024 às 12h22
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A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira, 9, novas mudanças na reforma do ensino médio. A proposta, que já havia sido analisada pelo Senado, agora será enviada para a sanção presidencial. O substitutivo do deputado Mendonça Filho (União-PE) mantém o aumento da carga horária da formação geral básica de 1,8 mil para 2,4 mil horas nos três anos do ensino médio para alunos que não optarem pelo ensino técnico. A carga horária total do ensino médio continua sendo de 3 mil horas ao longo dos três anos.
Para completar a carga total, os alunos deverão escolher uma área para aprofundar os estudos com as demais 600 horas. As opções de itinerários formativos incluem: linguagens e suas tecnologias, matemática e suas tecnologias, ciências da natureza e suas tecnologias, ou ciências humanas e sociais aplicadas.
As alterações feitas pelo Senado, que foram rejeitadas pelos deputados, incluíam a exigência de que o ensino médio tivesse no mínimo 70% da grade curricular como disciplina básica, deixando apenas 30% para os itinerários formativos. Mendonça excluiu esse ponto, permitindo que os itinerários formativos possam abranger mais de 30% da carga horária.
Mendonça Filho também foi contrário à inclusão do espanhol como idioma obrigatório, citando que isso criaria despesas públicas continuadas, especialmente para os estados. Segundo ele, o espanhol pode ser obrigatório, desde que adotado pela rede estadual. “Não dá para impor essa regra ao Brasil todo”, afirmou.
O deputado Felipe Carreras (PSB-PE) apresentou um recurso para retomar a obrigatoriedade do espanhol, argumentando que a língua não seria imposta, mas oferecida como uma opção ao inglês. “Não estamos obrigando os estudantes a escolher a língua espanhola: 70% dos estudantes que fazem o Enem escolhem o espanhol”, afirmou.
Com informações da Agência Brasil.