No Tocantins, 15 cidades recebem o Selo Unicef por melhorias em saúde, educação e proteção infantil
08 novembro 2024 às 10h17
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No Brasil, 923 cidades receberam o Selo do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) de acordo com um estudo divulgado na última quarta-feira, 6, como reconhecimento destinado a municípios que avançaram consideravelmente em políticas públicas voltadas para crianças e adolescentes de 0 a 17 anos. Essas cidades, localizadas principalmente nas regiões Norte, Nordeste e também nos estados do Ceará e norte de Minas Gerais, melhoraram suas políticas de saúde, educação e proteção contra a violência, superando a média nacional entre os anos de 2021 e 2024.
No Tocantins, 15 municípios se destacaram ao receber o Selo Unicef, superando a média nacional em indicadores de saúde, educação e proteção contra a violência. Os municípios de Araguacema, Araguaçu, Araguaína, Araguanã, Araguatins, Arapoema, Bandeirantes do Tocantins, Barrolândia, Colinas do Tocantins, Lagoa da Confusão, Monte Santo do Tocantins, Palmeirópolis, Paraíso do Tocantins, Pedro Afonso e São Sebastião do Tocantins, onde vivem milhares de crianças e adolescentes, fazem parte deste grupo de quase mil cidades em regiões vulneráveis do país.
Os municípios certificados pelo Selo Unicef foram reconhecidos por promover ações que vão desde o fortalecimento de sistemas de proteção social até a ampliação do acesso à saúde e à educação. Segundo Youssouf Abdel-Jelil, representante do Unicef no Brasil, o Selo reconhece cidades que, mesmo em contextos vulneráveis, conseguiram aprimorar suas políticas públicas. “Não estamos falando das cidades com os melhores indicadores, mas das que mais melhoraram desde 2021. Isso demonstra o impacto positivo do apoio do Unicef, ajudando essas localidades a tornarem suas gestões mais eficientes em áreas cruciais para os direitos da infância e adolescência”, afirma.
Outro destaque entre as cidades premiadas está na retomada das coberturas vacinais, que melhoraram 17,7% entre 2020 e 2023, contra um aumento de 2,6% na média nacional. A Tríplice Viral (D2), por exemplo, registrou um salto expressivo, com cobertura passando de 56,4% para 66,4% nessas cidades. Luciana Phebo, chefe de Saúde do Unicef no Brasil, celebra o progresso como uma conquista coletiva: “Após anos de queda nas coberturas vacinais infantis, a retomada da imunização merece ser comemorada. As vacinas formam uma barreira protetora para toda a comunidade, e o empenho desses municípios foi essencial para levar essa proteção a mais crianças e famílias.”
Além disso, as cidades implementaram políticas de permanência na escola, prevenção de evasão escolar e incentivo à transição dos jovens para o mercado de trabalho. O selo também reforça a importância de uma rede de proteção social, com foco em famílias vulneráveis, incluindo comunidades indígenas e quilombolas. Dessa forma, o Selo Unicef fortalece os sistemas locais de saúde e educação, ao mesmo tempo em que fomenta o combate à violência e ao abuso infantil.
Youssouf Abdel-Jelil ressaltou que o impacto do Selo Unicef vai além das conquistas atuais, simbolizando uma transformação a longo prazo. Ele destacou que o trabalho realizado no Norte e Nordeste, em especial, constitui um esforço contínuo para garantir direitos fundamentais a milhares de meninos e meninas.