No Tocantins, quase 20% dos jovens estão sem trabalhar e estudar, aponta IBGE
08 dezembro 2023 às 15h14
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Estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que 19,5% dos jovens tocantinenses, entre 15 e 29 anos, estão fora do sistema educacional e do mercado de trabalho em 2022. Essa porcentagem representa 81 mil pessoas, indicando uma redução de 20,5% em comparação a 2021, quando 26,6% estavam nessa condição. Os dados fazem parte da Síntese de Indicadores Sociais (SIS) divulgada pelo IBGE nesta quarta-feira.
A pesquisa, baseada na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) 2022 revela que, no Tocantins, 40,8% dos jovens estavam apenas ocupados, 27,2% só estudavam e 12,6% estudavam e estavam ocupados. Quanto à taxa de desocupação da população com 14 anos ou mais, o estado apresentou 7,6%, o terceiro menor percentual em uma década.
Em relação ao mercado de trabalho, o percentual de tocantinenses com vínculo empregatício recuou de 39,7% para 38,3%, enquanto a participação de trabalhadores sem carteira e por conta própria aumentou de 52,9% para 56,6%. A taxa de informalidade atingiu 53,3%, sendo mais alta para pessoas pretas ou pardas (55,6%) em comparação com 2021.
Na questão de rendimentos, a pesquisa destaca desigualdades estruturais. Em 2022, a população branca ganhava em média 75% a mais do que a população preta ou parda. Homens recebiam 27% mais que mulheres, mas o rendimento médio das mulheres brancas superava o dos homens pretos ou pardos.
Educação
Na educação, o Tocantins apresentou melhorias na taxa de frequência escolar para estudantes de 15 a 17 anos, atingindo 95%, a mais alta entre os estados. No entanto, o estado ainda possui o segundo maior percentual de pessoas de 25 anos ou mais sem instrução na região Norte.
SIS
A Síntese de Indicadores Sociais visa fornecer uma análise abrangente da realidade social do país, abordando temas como economia, mercado de trabalho, padrão de vida, distribuição de rendimentos, condições de moradia e educação. Os indicadores são apresentados com recortes por grupos populacionais, evidenciando desigualdades em diversas dimensões.