A professora e pesquisadora Marli Vieira, que integra o grupo de oposição liderado pelo pré-candidato à reitoria da Universidade Federal do Tocantins (UFT), George França, manifestou preocupação com as falhas frequentes nos sistemas eletrônicos da instituição. Ela sugeriu que a reitoria restabelecesse a versão anterior do Moodle, plataforma fundamental para o apoio aos alunos, até que os problemas técnicos fossem solucionados.

“O novo Moodle foi implementado recentemente. Tenho tentado exportar as disciplinas para que os alunos tenham acesso ao material complementar da aula, sem sucesso. Ao conversar com outros colegas, percebo que enfrentamos os mesmos problemas. Então, por que não manter o ambiente virtual de aprendizagem anterior até que todas as falhas sejam corrigidas?”, questiona Marli, propondo uma solução temporária para amenizar a situação.

A professora observa que a UFT conta com uma série de sistemas que operam de maneira independente, frequentemente apresentam instabilidade, baixa acessibilidade e qualidade insatisfatória. “Parece que houve um retrocesso para um cenário pré-pandemia, quando o material precisava ser enviado por e-mail. Mas e-mails não são plataformas de ensino. Muitos arquivos não podem ser compartilhados devido ao tamanho ou formato, o que compromete o andamento das atividades”, destaca.

Marli também aponta que a universidade investe altos valores na contratação de sistemas externos, os quais, segundo ela, muitas vezes não atendem às necessidades da instituição. “Pagamos caro por soluções externas que, muitas vezes, são ineficientes. Temos um corpo técnico altamente qualificado que poderia ser melhor aproveitado no desenvolvimento dessas plataformas, garantindo maior controle e redução de custos”, afirma.

A pesquisadora defende que uma nova gestão na UFT seria capaz de implantar um sistema integrado que unifique atividades acadêmicas, processos administrativos e protocolos. “Essa solução é tecnicamente viável. No entanto, só será implementada com uma mudança real na administração, pois o continuísmo já demonstrou não ter interesse em resolver essa problemática”, concluiu.