A morte de pelo menos cinco macacos na zona rural de Palmas, entre novembro de 2024 e janeiro de 2025, acendeu um alerta sobre a possível circulação da febre amarela na região. Com dois dos animais testando positivo para o vírus, a Prefeitura de Palmas, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semus), anunciou o fortalecimento das ações de vacinação contra a doença, transmitida por mosquitos, e o monitoramento intensificado da situação.

Segundo nota da Semus, enviada ao Jornal Opção Tocantins, desde o início do mês de janeiro, equipes de saúde têm se mobilizado para vacinar moradores de áreas afetadas, como o Projeto de Assentamento (P.A) Entre Rios e Buritirana. A ação busca prevenir a propagação da febre amarela em humanos. “Desde 2 de janeiro, equipes têm sido mobilizadas para imunizar os moradores do Projeto de Assentamento (P.A) Entre Rios, Buritirana e áreas próximas, com o objetivo de prevenir a ocorrência da doença em humanos”, informou a Prefeitura.

A Unidade de Saúde Mariazinha Rodrigues da Silva, localizada em Buritirana, permanece aberta para atender qualquer pessoa que precise atualizar o cartão de vacinação, além de fornecer outras vacinas. No entanto, a Semus alertou que a imunização contra a febre amarela será oferecida apenas àqueles que ainda não estão vacinados ou que não têm registro da vacina no cartão. “As que estão com o cronograma completo, não precisam receber uma nova dose do imunizante contra a febre amarela”, ressaltou a Secretaria por meio da nota.

O primeiro caso foi registrado em 26 de novembro de 2024, e desde então, cinco macacos foram encontrados mortos. “Destes, apenas dois estavam em condições físicas para serem avaliados e positivaram para febre amarela”, informou a Semus. Os outros três macacos não passaram por exames devido às condições em que foram encontrados, impossibilitando a determinação da causa da morte.

As ações de controle de zoonoses também foram intensificadas. Servidores da Unidade de Vigilância e Controle de Zoonoses (UVCZ) realizaram a coleta de materiais dos animais mortos e notificaram o Ministério da Saúde, conforme os protocolos exigidos. Além da vacinação porta a porta nas propriedades rurais, a UVCZ distribuiu materiais informativos via WhatsApp para conscientizar a população sobre os sinais e sintomas da doença, além de orientações sobre como e quando buscar atendimento médico.

A Semus informou que equipes de vacinadores serão enviadas para áreas de difícil acesso, onde ocorreram as mortes dos macacos, para garantir que todos os moradores sejam imunizados. “Novas equipes de vacinadores serão enviadas nos próximos dias para alcançar moradores de áreas de difícil acesso nas proximidades das mortes dos animais e verificar a atualização dos cartões de vacina”, destacou.

Em paralelo, os agentes de endemias eliminaram criadouros e possíveis criadouros dos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus, vetores da febre amarela.

Confira a nota na íntegra:

NOTA À IMPRENSA

A Secretaria Municipal de Saúde de Palmas (Semus) acompanha o caso e já tomou todas as medidas necessárias para resguardar a saúde da população. Desde 2 de janeiro, equipes têm sido mobilizadas para imunizar os moradores do Projeto de Assentamento (P.A) Entre Rios, Buritirana e áreas próximas, com o objetivo de prevenir a ocorrência da doença em humanos.

A Unidade de Saúde Mariazinha Rodrigues da Silva, localizada em Buritirana, permanece aberta para atender qualquer pessoa que precise atualizar seu cartão de vacinação, incluindo outras vacinas além da febre amarela.

A Semus ressalta que serão imunizadas apenas as pessoas que não estão vacinadas, ou que não têm registro no cartão. As que estão com o cronograma completo, não precisam receber uma nova dose do imunizante contra a febre amarela.

Após relatos de moradores sobre ossadas de macacos encontradas na região, servidores da Unidade de Vigilância e Controle de Zoonoses (UVCZ) realizaram a coleta de materiais e notificaram o Ministério da Saúde, seguindo todos os protocolos estabelecidos. O primeiro caso foi registrado em 26 de novembro, totalizando cinco óbitos de macacos até o momento. Destes, apenas dois estavam em condições físicas para serem avaliados e positivaram para febre amarela. Os demais três macacos localizados não estavam em condições, desta forma, não passaram por exames, não sendo possível determinar a causa da morte.

Além da vacinação porta a porta nas propriedades rurais, as equipes da UVCZ distribuíram materiais informativos por meio de aplicativos como WhatsApp. Esses materiais esclarecem os sinais e sintomas da doença, orientam sobre quando e como buscar atendimento médico, e divulgam as datas dos mutirões de vacinação na região.

Novas equipes de vacinadores serão enviadas nos próximos dias para alcançar moradores de áreas de difícil acesso nas proximidades das mortes dos animais e verificar a atualização dos cartões de vacina.

Paralelamente, agentes de endemias visitaram o P.A Entre Rios nesta semana para conscientizar a população sobre como agir ao encontrar animais mortos e reforçar a importância da imunização contra a febre amarela. Também foi distribuído um formulário aos proprietários de chácaras para levantar informações sobre o uso de defensivos agrícolas, tipos de cultivo, fontes de abastecimento de água, criação de animais, vacinação de cães e gatos, avistamentos de macacos e os alimentos que estão sendo consumidos por eles. Foi enfatizado que os macacos não devem ser alimentados.

Os agentes eliminaram criadouros e possíveis criadouros do Aedes aegypti e Aedes albopictus, que são vetores da febre amarela. Na ação de quarta-feira, 8, foram inspecionadas 14 chácaras e coletadas 26 amostras para monitoramento e controle dos vetores.

A Semus mantém o monitoramento constante da situação e continuará tomando todas as providências necessárias para garantir a segurança e a saúde da população.