Polícia Civil conclui que motorista de aplicativo recebeu tiros e morreu por engano

11 janeiro 2024 às 14h40

COMPARTILHAR
A Polícia Civil do Tocantins, por meio da 2ª Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) em Araguaína, norte do estado, concluiu as investigações sobre o homicídio do motorista de aplicativo Juscelino de Sousa Rosa, ocorrido na madrugada de 29 de dezembro de 2023, e prendeu dois suspeitos pelo crime. As informações são da Secretaria de Segurança Pública (SSP).
Segundo o delegado-chefe da 2ª DHPP, Adriano de Aguiar Carvalho, as investigações revelaram que a vítima foi morta por engano por dois homens, M.D.L.N., de 28 anos, e L.C.S.V.J., de 25 anos. Ambos foram presos na última segunda-feira, 8, no setor Costa Esmeralda, em cumprimento a mandados de prisão, com o apoio operacional da Delegacia de Repressão a Roubo de Araguaína.
O crime ocorreu quando a vítima, Juscelino, estava conduzindo um veículo de aplicativo com uma passageira. Os suspeitos, reconhecendo erroneamente os ocupantes do veículo como membros de uma facção criminosa rival, decidiram atacá-los. Os disparos atingiram fatalmente Juscelino, que morreu no local, e também feriram a passageira.
Durante o cumprimento dos mandados de prisão, na residência de M.D.L.N., foram encontradas várias porções de drogas e um revólver calibre 38 municiado. M.D.L.N. e um irmão de 26 anos, que estava na residência, enfrentarão acusações de tráfico de drogas e posse ilegal de arma de fogo.
Ambos os suspeitos já possuíam antecedentes criminais. M.D.L.N. havia sido condenado por dois homicídios, um em Imperatriz (MA) e outro em Palmas, cumprindo penas superiores a 25 anos de prisão. L.C.S.V.J., por sua vez, estava em liberdade provisória após ter sido preso em Bacabal (MA), em 2020, por tráfico de drogas.
Com o encerramento das investigações, o inquérito será encaminhado ao Poder Judiciário e ao Ministério Público para as providências legais. O delegado Adriano destacou que as prisões contribuem para a paz e segurança em Araguaína, esclarecendo um caso que gerou grande repercussão na sociedade local. Ele ressaltou a importância de responsabilizar os autores pelo homicídio do trabalhador que, sem envolvimento nas desavenças entre grupos criminosos, apenas realizava seu trabalho quando foi morto sem chance de defesa.