Quatro inquéritos policiais referentes à terceira fase da Operação Ghostbusters foram finalizados pela Polícia Civil do Tocantins (PC-TO), através da Divisão Especializada de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC) nesta segunda, 28. A operação, que ocorreu no dia 10 deste mês, foi deflagrada em cinco cidades do estado de São Paulo e teve como foco a repressão a golpes financeiros de alta complexidade.

Com 38 pessoas indiciadas, a Operação Ghostbusters se concentra em crimes de furto eletrônico, lavagem de dinheiro, corrupção de menores, além de organização e associação criminosa. Segundo o delegado Lucas Brito Santana, chefe da DRCC, a operação teve início após denúncias de vítimas residentes no Tocantins, que relataram prejuízos superiores a R$200 mil ao terem suas contas bancárias esvaziadas por criminosos que se passaram por atendentes de bancos.

As investigações, iniciadas no fim de 2022, trouxeram à tona uma rede de criminosos baseada no estado de São Paulo, que uniu esforços para obter ganhos financeiros ilícitos. De acordo com o delegado Lucas Brito Santana, o grupo mantinha uma estrutura organizada, responsável por realizar transferências para contas bancárias falsas e empresas de fachada. O objetivo era dissimular a origem dos valores obtidos ilicitamente por meio de saques fracionados e transações sucessivas. 

Na terceira fase da Operação Ghostbusters, a PC-TO cumpriu 14 mandados de busca e apreensão e emitiu quatro ordens de prisão preventiva. Contudo, dois dos suspeitos ainda estão foragidos. Durante a operação, foram bloqueados valores e aplicações financeiras associados aos investigados, visando dificultar a continuidade das operações criminosas. As conclusões foram encaminhadas ao Poder Judiciário e estão em análise pelo Ministério Público Estadual para possível abertura de ações penais.

O delegado Lucas Brito Santana orienta a população sobre medidas de segurança importantes para prevenir golpes financeiros. Ele destaca que os bancos nunca solicitam a instalação de aplicativos nem enviam links para atualização de dados. Em caso de dúvida, o ideal é que o cliente entre em contato diretamente com a instituição financeira, seja presencialmente ou pelos canais oficiais.

O delegado enfatiza ser fundamental evitar a instalação de aplicativos desconhecidos, especialmente aqueles acessíveis por links em mensagens instantâneas, SMS ou e-mails. Também é recomendado acompanhar regularmente os extratos bancários, ativando, se possível, o serviço de notificações em tempo real para as transações realizadas no aplicativo do banco. Por fim, reforça a importância de criar senhas fortes e mantê-las em sigilo, sem compartilhá-las com terceiros.