A Polícia Federal (PF) iniciou, na manhã desta terça-feira, 18, uma operação para investigar um possível esquema de vazamento de decisões judiciais no Tocantins.Mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos na sede do Ministério Público do Tocantins (MPTO), em Palmas, e em outros endereços relacionados aos suspeitos.

A ação foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Cristiano Zanin. A investigação apura a possível envolvimento de advogados, lobistas, empresários, assessores, chefes de gabinete e até magistrados no esquema. Entre os alvos está um advogado que atua como assessor jurídico no MPTO, lotado no gabinete de um procurador de justiça.

Início da investigação

A investigação teve início em dezembro de 2023, quando foram encontradas mensagens no celular de um advogado morto em Mato Grosso, que indicavam uma possível negociação de sentenças judiciais. O caso foi encaminhado ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que pediu o apoio da PF para dar continuidade à apuração.

O Jornal Opção Tocantins questionou o Ministério Público do Tocantins sobre o caso e o órgão encamimhou a seguinte nota:

Nota do MPTO

O Ministério Público do Tocantins informa que, até o momento, não teve acesso à decisão do Ministro do Supremo Tribunal Federal, Cristiano Zanin, que determinou a operação realizada pela Polícia Federal na manhã desta terça-feira (18) em desfavor de um procurador de Justiça e de um assessor. Diante disso, a instituição não irá se manifestar neste momento.