Presidente do PT Tocantins apoia candidato a vereador do PSD em Araguaína, onde há 12 candidatos petistas

O presidente do Partido dos Trabalhadores do Estado do Tocantins (PT-TO), José Roberto Ribeiro Forzani, conhecido como Zé Roberto, deixou de apoiar os 12 candidatos a vereador de seu partido em Araguaína, para apoiar o candidato Vilarindo do Eucalipto, do PSD, presidido no Estado pelo senador Irajá Abreu. O caso repercutiu nas redes sociais e gerou revolta nos petistas. Em um vídeo, Vilarindo agradece o apoio dado em uma reunião com Zé Roberto.

“Zé Roberto trai o candidato a vereador Romildo do PT e declara apoio a Vilarino do Eucalipto, tentando desmontar a chapa de vereador, que disputa com muita dificuldade as eleições de Araguaína. Com essa ‘trairagem’, golpe baixo, Zé Roberto dá a última cartada para tirar a eleição de algum candidato a vereador do PT em Araguaína”, diz o petista.

Ao Jornal Opção Tocantins, o ex-candidato a prefeito pelo PT, Célio Moura, disse que acha isso um golpe contra o partido em Araguaína. “Com tal decisão, o PT corre um sério risco de não alcançar o coeficiente eleitoral, e não eleger vereador em Araguaína. Um verdadeiro golpe, contra o partido, apoiar candidato do PSD, tirando o apoio desse grupo, que apoiava candidato do PT”, diz o político.

Corre nos bastidores que Zé Roberto, inclusive, teria articulado contra a candidatura de Célio Moura (PT) para prefeito e apoiado a candidatura de Jorge Frederico (Republicanos), “menino dos olhos” do governador Wanderlei Barbosa (Republicanos) que, com muita luta, ocupa o segundo lugar. 

Célio desistiu, ainda na pré-campanha, de buscar a vaga na Prefeitura de Araguaína, pois se viu impossibilitado financeiramente pelo partido e, além disso, alegou que precisava cuidar da saúde da esposa dele. A Célio, na época, haviam sido oferecidos apenas R$ 300 mil para financiar a campanha, enquanto o teto de gastos em Araguaína era de R$ 1.124.368,88, segundo o Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Ou seja, o valor que seria destinado à Célio era 73,3% a menos que o teto. Nada mais justo que a desistência.