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Corrupção Operação Overclean Tocantins

A Polícia Federal (PF) cumpriu mandados de busca e apreensão nesta quinta-feira, 3, em uma nova fase da Operação Overclean, que investiga desvios de recursos públicos por meio de emendas parlamentares. O esquema inclui prefeituras do Tocantins, além de outros estados como Bahia, Amapá, Rio de Janeiro e Goiás.  

A PF fez buscas em 16 endereços em Salvador, São Paulo, Belo Horizonte e Aracaju. Esta é a terceira fase da Operação Overclean. A operação desta quinta resultou no afastamento do secretário de Educação de Belo Horizonte, Bruno Barral, por ordem do ministro Kassio Nunes Marques, relator do caso no STF.  

Entre os alvos da operação está o empresário José Marcos Moura, conhecido como “Rei do Lixo”, que teria atuado na intermediação de contratos superfaturados no setor de limpeza urbana. Segundo a PF e a Controladoria-Geral da União (CGU), os contratos suspeitos somam cerca de R$ 1,4 bilhão.  

Os investigadores apuram a possível participação de deputados que indicaram as emendas usadas no esquema. O inquérito chegou ao Supremo Tribunal Federal (STF) após o nome do deputado Elmar Nascimento (BA) ser citado nas investigações. Ele nega qualquer irregularidade.  

No Tocantins, a PF apura se agentes públicos estaduais ou municipais receberam propina para facilitar contratos suspeitos. O empresário José Marcos Moura, apontado como figura central da rede de influência política por trás do esquema, chegou a ser preso anteriormente, mas responde em liberdade.  

A Operação Overclean é a mesma que prendeu Claudinei Quaresemin, sobrinho do ex-governador Mauro Carlesse e ex-secretário de Parcerias e Investimentos do Tocantins. Segundo a PF, ele teria atuado como operador regional da organização criminosa no Tocantins, favorecendo contratos fraudulentos em secretarias estaduais e recebendo mais de R$805 mil em transferências ilícitas. Ele também foi preso por suspeita de planejar suposta fuga do ex-governador do país. Quaresemin também está em liberdade.