A senadora Professora Dorinha (União Brasil) se manifestou publicamente nesta quinta-feira, 15, sobre sua ausência na lista de apoiadores do requerimento que pede a criação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar fraudes bilionárias no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A ausência da parlamentar entre os subscritores do documento gerou repercussão, especialmente no Tocantins, onde ela é uma das três representantes no Senado.

Em vídeo publicado nas redes sociais, Dorinha explicou que estava fora do país em missão oficial do Senado no momento em que o requerimento foi protocolado. Segundo a senadora, a agenda internacional tratava de temas como lixo, saneamento, resíduos sólidos e inovações ambientai, pautas que, segundo ela, também impactam diretamente o estado do Tocantins.

“ Eu estava fora do Brasil em missão do Senado […] por isso não pude assinar a CPMI. Já solicitei a minha assinatura formal à mesa do Senado e o que importa é que, na instalação e funcionamento da CPMI, estarei vigilante em relação ao direito dos aposentados brasileiros. Tenho certeza de que será feita justiça”, declarou Dorinha.

Entenda

A chamada “CPMI do Roubo dos Aposentados” foi proposta por parlamentares da oposição e pretende apurar fraudes que envolvem descontos indevidos e pagamentos irregulares de benefícios previdenciários, causando prejuízos bilionários aos cofres públicos. Estima-se que apenas uma das frentes de investigação tenha causado perdas superiores a R$ 6,3 milhões, afetando principalmente aposentados e pensionistas.

Entre os três senadores que representam o Tocantins no Congresso Nacional, apenas Eduardo Gomes (PL), presidente em exercício do Senado, havia assinado o requerimento inicialmente. O senador Irajá Abreu (PSD) não subscreveu o pedido. Do lado da Câmara dos Deputados, assinaram o documento os tocantinenses Filipe Martins (PL), Eli Borges (PL) e Alexandre Guimarães (MDB).

O requerimento foi protocolado na última segunda-feira (12) e já conta com o apoio de 259 congressistas, 223 deputados e 36 senadores. A proposta ainda pode receber novas assinaturas antes da formalização da comissão, que será composta por 15 senadores e 15 deputados titulares, além de igual número de suplentes. O prazo inicial dos trabalhos será de 180 dias, com custo estimado em R$ 200 mil.