Solidariedade: Delvânia Campelo salva três pessoas na fila de transplante

13 abril 2025 às 15h36

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A família de Delvânia Campelo da Silva tomou uma decisão solidária e autorizou a doação de seus órgãos após a confirmação de morte encefálica. A captação aconteceu no último domingo, 13, no Hospital Geral de Palmas (HGP). Foram doados os rins e o fígado, que agora beneficiarão três pessoas que aguardavam na lista do Sistema Nacional de Transplantes (SNT).
O procedimento contou com o trabalho conjunto de profissionais do HGP, da Central Estadual de Transplantes do Tocantins (CETTO), da Comissão Intra-Hospitalar para Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT), da Organização de Procura de Órgãos (OPO) e de uma equipe de Brasília.
A coordenadora da CETTO, Tatiana Oliveira Costa, agradeceu à família pela atitude em um momento tão difícil. “Em nome da Central, quero prestar homenagem e gratidão à família da doadora. Mesmo em meio à dor, disseram sim à doação, o que representa esperança para outras vidas. Também agradecemos a dedicação da equipe do HGP, que atuou com compromisso e respeito em todo o processo”, destacou.
Delvânia faleceu na sexta-feira, 11, após ser atendida na unidade. A cunhada dela, Kelly Campêlo, organizou um momento de despedida e explicou a decisão da família. “Nossa intenção foi manter a Delvânia presente na vida de outras pessoas. Ela sempre ajudou quem precisava e essa foi uma forma de continuar o bem que ela fazia. É algo que herdou do pai, o senhor Dico. Também queremos justiça pelo que aconteceu com ela, e que a pena prevista na Lei Maria da Penha seja cumprida”, afirmou.
Como funciona a doação de órgãos
Para doar órgãos, não é necessário deixar documento formal. O mais importante é comunicar à família sobre esse desejo, já que a doação só acontece com autorização dos familiares após a confirmação da morte encefálica.