Os dados do departamento de Monitoramento, Avaliação e Disseminação de Informações Estratégicas em Saúde (Demas) da Secretaria de Informação e Saúde Digital (SEIDIGI) do Ministério da Saúde mostram que os tocantinenses estão com cobertura vacinal baixa em sete tipos de vacina.

De acordo com o painel atualizado nesta segunda-feira, 17, que considera as doses aplicadas em todo o ano passado, os seguintes imunizantes não alcançaram a cobertura adequada em relação às metas estabelecidas: febre amarela (76,66%, meta de 95%), varicela (78,25%, meta de 95%), tríplice viral – 2ª dose (79,88%, meta de 95%), rotavírus (88,55%, meta de 90%), hepatite A infantil (88,45%, meta de 95%), DTP (1º reforço) (89,42%, meta de 95%), poliomielite oral bivalente (89,29%, meta de 95%) e dTpa adulto (86,63%, meta de 95%).

O quantitativo é levantado a partir da Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS). Segundo o Ministério da Saúde, a vacinação é uma intervenção de elevado custo-benefício e contribui para o avanço na prevenção, controle, eliminação e erradicação das doenças preveníveis por vacina. “É de suma importância o monitoramento da vacinação, para que seja acompanhado e avaliado o esquema vacinal, o número de doses e as idades adequadas para cada vacina, conforme o calendário definido pelo Ministério da Saúde.”

O Ministério acrescenta que, sendo entendida como um dos elementos essenciais para o alcance da equidade em saúde, a vacinação é a forma mais eficaz na prevenção das doenças imunopreveníveis e melhoria dos indicadores de saúde. “Para o sucesso da imunização, recomenda-se que todas as vacinas previstas no calendário nacional sejam administradas dentro do prazo estipulado”, destaca.

Riscos

A baixa adesão à vacinação pode resultar no aumento da incidência de doenças que estavam sob controle. No caso da febre amarela, por exemplo, surtos podem ocorrer em áreas com baixa cobertura vacinal, especialmente em regiões próximas a matas e rios. Já a varicela, apesar de ser uma doença comum na infância, pode gerar complicações graves em pessoas com imunidade comprometida.

A situação da Tríplice Viral preocupa. A vacina protege contra sarampo, caxumba e rubéola, doenças altamente contagiosas. A não adesão à segunda dose compromete a imunidade coletiva, aumentando o risco de surtos, como os já observados nos últimos anos em diversas partes do Brasil.

Para reverter esse cenário,  segundo o Ministério da Saúde, é essencial que a população compareça às unidades básicas de saúde para completar seus esquemas vacinais. O Programa Nacional de Imunizações (PNI) disponibiliza gratuitamente as vacinas no Sistema Único de Saúde (SUS).