Tocantins começa a publicar relatório sobre níveis dos rios durante período de estiagem
20 agosto 2024 às 10h17
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O Tocantins começou a divulgar um relatório semanal, desde o die 19 de agosto, que apresenta uma análise detalhada dos níveis dos rios nas principais bacias hidrográficas do estado durante o período de estiagem. O documento, elaborado com base em dados da Sala de Situação da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), destaca os impactos de condições climáticas, como o fenômeno El Niño, sobre o monitoramento dos níveis dos rios.
A análise abrange comparações dos anos de 2022, 2023 e 2024, mostrando como os níveis dos rios têm variado ao longo do tempo. Um dos principais destaques é o Rio Formoso, que atualmente registra uma redução significativa de 1,57 metro em seu nível. Em comparação ao ano de 2023, a diminuição foi de 0,06 centímetros, enquanto em relação a 2022, o recuo foi de 16 centímetros. Outro rio monitorado, o Rio Sono, registrou um nível de 2,88 metros, apresentando uma queda de 2 centímetros em relação a 2022 e 9 centímetros em comparação a 2023.
O relatório, que será atualizado e divulgado semanalmente durante o período crítico de estiagem, visa fornecer informações detalhadas sobre a situação das bacias hidrográficas, auxiliando na gestão dos recursos hídricos. A produção dos dados se dá através da rede hidrometeorológica do estado, composta por 60 plataformas automáticas que medem volume de chuva, nível e vazão dos rios em tempo real, com as informações sendo transmitidas via satélite para a Sala de Situação.
Além disso, o relatório menciona que a redução dos níveis dos rios é atribuída ao fenômeno El Niño, caracterizado pelo aquecimento anormal das águas do Oceano Pacífico, que tem causado mudanças significativas no padrão de precipitação em várias regiões do Brasil. O El Niño é apontado como responsável por uma seca mais intensa no centro do país, enquanto as regiões Sul e Norte enfrentam chuvas excessivas. A expectativa para 2024 é de uma queda acentuada nos níveis dos rios, refletindo a quantidade insuficiente de chuvas registrada em 2023, que resultou em baixos índices de água armazenada no solo.