Tocantins confirma 25 casos de sarampo entre 98 notificações no Estado

O Tocantins registrou 98 notificações de casos de sarampo, até a manhã desta segunda-feira, 20, segundo a Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO). Os municípios com maior número de notificações são Campos Lindos, com 26 casos, e Palmas, com 40. Outras cidades notificaram casos em menor escala: Porto Nacional (5), Nova Olinda (3), Araguaína (14), Gurupi (4), Filadélfia (1), Oliveira de Fátima (1), Recursolândia (1), Buriti (1), Carmolândia (1) e Brejinho de Nazaré (1).

Do total de notificações, 25 casos foram confirmados em Campos Lindos, enquanto 73 foram descartados (um em Campos Lindos, cinco em Porto Nacional, 40 em Palmas, 14 em Araguaína, um em Filadélfia, três em Nova Olinda, quatro em Gurupi, um em Buriti, um em Oliveira de Fátima, um em Recursolândia, um em Brejinho de Nazaré e um em Carmolândia).

Segundo a SES-TO, todos os casos confirmados possuem histórico de contato com pessoas que estiveram em países onde o vírus circula, não estavam vacinados, apresentaram sintomas clássicos da doença e permanecem em cuidados domiciliares.

A secretaria informou que mantém profissionais de vigilância em saúde nos municípios com notificações para orientar ações de contenção, incluindo isolamento e vacinação de contatos de pessoas confirmadas. Além disso, notas técnicas foram enviadas a todos os 139 municípios do Estado, com instruções às áreas de vigilância e imunização. Todas as 323 salas de vacinação do Tocantins estão abastecidas com imunizantes.

A doença

O sarampo é uma doença infecciosa aguda, de origem viral, altamente transmissível por via aérea, ao tossir, espirrar, falar ou respirar. Após a contaminação, o período de incubação varia de sete a 14 dias, e a transmissão pode ocorrer entre seis dias antes e quatro dias após o aparecimento dos sintomas, que incluem febre alta, manchas avermelhadas, tosse, coriza e conjuntivite. Podem ocorrer complicações como pneumonia, encefalite e óbito.

Prevenção

A vacinação, disponível gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), é a principal forma de prevenção. O esquema vacinal recomendado é:

• Crianças de 6 a 11 meses e 29 dias: dose zero com a vacina dupla viral;
  
• Crianças de 12 meses: primeira dose (D1) da tríplice viral e, após 30 dias, segunda dose (D2) com a tetraviral (ou tríplice viral + varicela);
  
• Crianças de 15 meses a 4 anos, 11 meses e 29 dias: segunda dose (D2) da tríplice viral, se já vacinadas aos 12 meses;
  
• Pessoas de 5 a 29 anos: duas doses da tríplice viral, se sem histórico vacinal ou com esquema incompleto;
  
• Pessoas de 30 a 59 anos: dose única da tríplice viral;
  
• Trabalhadores da saúde: duas doses da tríplice viral, independentemente da idade.
  

Além da vacinação, o isolamento é recomendado. Pessoas com suspeita ou confirmação de sarampo devem evitar ir ao trabalho ou escola por pelo menos quatro dias, a partir do aparecimento do exantema, e manter distância de grupos vulneráveis, como crianças pequenas e gestantes.

Outras medidas incluem limpeza regular de superfícies, distanciamento social em locais de atendimento, uso de lenços descartáveis ao tossir ou espirrar, e higiene frequente das mãos com água e sabão ou álcool em gel.

Tratamento

Não há tratamento específico para o sarampo. Os medicamentos são utilizados apenas para reduzir o desconforto causado pelos sintomas. A SES-TO orienta que, ao apresentar sinais da doença, a população procure o serviço de saúde mais próximo para avaliação e prescrição médica adequada.