O Tocantins está entre as cinco unidades da Federação que apresentam situação de risco para a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), conforme o boletim InfoGripe, divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) nesta sexta-feira, 7. Além do Tocantins, estão na lista Roraima, Pará, Goiás e o Distrito Federal. Em situação de alerta estão os estados do Amazonas, Mato Grosso, Rondônia e Sergipe.

Entre os sintomas da SRAG estão dificuldade respiratória, sensação de peso no peito e queda na saturação de oxigênio, necessitando de hospitalização. O boletim da Fiocruz indica uma tendência de crescimento do número de casos, especialmente entre crianças e adolescentes de até 14 anos.

A pesquisadora do InfoGripe, Tatiana Portella, aponta que a volta às aulas é um dos fatores que impulsionam esse aumento. “Nas escolas, as crianças têm maior contato entre si e passam mais tempo em ambientes fechados, facilitando a transmissão de vírus respiratórios”, explica.

Situação no Tocantins

No Tocantins, os casos de SRAG em crianças pequenas estão associados principalmente ao vírus sincicial respiratório (VSR), que é um dos principais agentes causadores de bronquiolite. Entre as crianças de 2 a 14 anos, o rinovírus tem sido o mais identificado. Especialistas alertam que o VSR acomete principalmente bebês, podendo levar a quadros graves de insuficiência respiratória.

Casos em 2025

Até o momento, o Brasil registrou 16 mil casos de SRAG em 2025, sendo 34,3% com diagnóstico positivo para algum vírus respiratório. Os vírus mais identificados foram:

  • Sars-CoV-2 (covid-19): 46,2%
  • Rinovírus: 23,6%
  • Vírus sincicial respiratório (VSR): 15%
  • Influenza A: 6,1%
  • Influenza B: 2,5%

Foram registradas 1.338 mortes por SRAG neste ano, das quais 47,5% tiveram confirmação laboratorial de vírus respiratórios. Em 81% dos casos, o vírus identificado foi o Sars-CoV-2.

Cuidados e prevenção

A Fiocruz recomenda que pessoas com sintomas gripais fiquem em isolamento e, caso precisem sair, utilizem máscaras. Outra medida essencial é evitar visitas a crianças pequenas sem o uso de proteção.

A vacinação também é fundamental. O imunizante contra a covid-19 está disponível gratuitamente nos postos de saúde e pode ser aplicado em crianças a partir dos seis meses de idade.