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O Tocantins registrou uma média de 7.174,5 sedes e filiais de empresas multilocalizadas entre 2020 e 2021, conforme levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre a gestão de territórios no país. O estudo analisou os vínculos entre agentes econômicos e políticos que influenciam a organização das cidades e das atividades empresariais e públicas.

Entre os municípios tocantinenses, Palmas concentrou a maior quantidade dessas unidades empresariais, com 1.878,5 registros. Em seguida, aparecem Araguaína, com 870, e Gurupi, com 558. A pesquisa utilizou dados do Cadastro Central de Empresas (Cempre) para calcular a média aritmética das empresas atuantes em mais de um local.

A capital do estado também foi o principal ponto de conexão empresarial com outras cidades do país. O maior número de ligações de gestão empresarial ocorreu com São Paulo (201 conexões), seguido por Goiânia (166) e Brasília (157). Os dados foram obtidos por meio da análise de CNPJs de unidades empresariais selecionadas, permitindo mapear a intensidade das relações entre sedes e filiais.

Palmas concentra maior estrutura de gestão pública no Tocantins

Além dos dados sobre empresas, o levantamento identificou a distribuição de órgãos públicos no país, considerando o papel do Estado na estruturação do espaço por meio de suas instituições. O estudo analisou a presença de entidades federais e estaduais em cada município. No âmbito federal, foram considerados órgãos como o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Secretaria da Receita Federal, Justiça Federal, Justiça Eleitoral e Justiça do Trabalho, além do próprio IBGE. No nível estadual, foram contabilizadas as secretarias estaduais de Educação e de Saúde.

A classificação das cidades levou em conta a quantidade desses órgãos. Palmas obteve o maior nível no Tocantins e ficou entre os 116 municípios brasileiros classificados no nível quatro da pesquisa – em uma escala onde números menores indicam maior centralidade. Araguaína e Gurupi, segunda e terceira maiores cidades do estado, foram enquadradas no nível seis.

O gerente da pesquisa, Marcelo Motta, destacou que “os relacionamentos a distância dos agentes econômicos e políticos ajudam a definir o papel das cidades. De um lado, o Estado, através de seus organismos públicos, atende a população, levanta dados, recolhe tributos, executa políticas públicas. De outro, as empresas que, para garantirem lucratividade, vão ter suas estratégias particulares de atuação e de organização no espaço”, afirmou.