Veja quanto os candidatos às prefeituras das maiores cidades do Tocantins arrecadaram para suas campanhas

27 setembro 2024 às 10h48

COMPARTILHAR
Com a data da eleição se aproximando, com apenas nove dias para o pleito , a maioria das receitas arrecadadas para as campanhas eleitorais está definida. Conforme a plataforma DivulgaCand do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), grande parte vem do Fundo Eleitoral, conhecido como “Fundão”. Palmas, a capital do Estado, para os cargos de prefeito, foi a cidade que mais recebeu recursos. Araguaína possui candidato com receita que ultrapassou o limite de gastos. Em Gurupi, o aumento no limite de gastos, feito pelo TSE, parece ter sido acertado. Já Porto Nacional conta com candidatos que não receberam dinheiro dos partidos.
Confira, a seguir, como a receita para investimento nas campanhas para a prefeitura dessas cidades está distribuída:
Palmas
Palmas tem a campanha para a prefeitura com o maior limite de gastos, R$11.489.198,45, sendo que o limite para um possível segundo turno é de R$4.595.679,38. A candidatura com maior receita da capital é de Janad Valcari (PL), que disputa o poder executivo municipal. A receita total divulgada até o momento é de R$7.775.000,00, sendo que a maior parte vem do diretório nacional de seu partido, R$5.000.000,00. Soma-se a esse valor os recursos dos outros partidos da coligação, o Republicanos, o União Brasil e o Progressistas. A própria candidata colaborou com sua campanha com R$93.000,00. Seu vice, Pedro Cardoso (Repu) e o pai dele, Cleiton Cardoso (Repu), também aparecem nas receitas como doadores.
Eduardo Siqueira (Pode) tem uma receita declarada junto ao TSE de R$3.1000.500,00 para a campanha, com R$3 milhões vindos do diretório nacional do Podemos. Na prestação de contas também aparecem doadores, em sua maioria, que cederam espaços para os eventos da campanha ou veículos, que também devem ser contabilizados. O próprio candidato colocou R$10 mil para a sua candidatura.
Júnior Geo (PSDB) tem a receita de R$1.168.450,00, sendo a maior parte vinda da doação da direção nacional de seu partido. Há também contribuições de pessoas físicas, mas a doação maior veio dele mesmo, que doou R$40 mil. Já Lucia Viana (PSOL) conseguiu arrecadar R$115 mil. Do total arrecadado, o diretório nacional pagou R$100 mil e o estadual R$15 mil.
Araguaína
Em Araguaína, a disputa entre Wagner Rodrigues (UB) e Jorge Frederico (Repu) parece mais igualitária, com um limite de gastos de 1.124.368,88. A campanha de Jorge quase atinge esse valor, conseguindo reunir R$1.076.600,00, divididos entre a direção nacional de seu partido e do Progressistas que faz parte da coligação. O próprio Jorge, depositou R$10 mil reais em sua campanha.
No caso de Wagner Rodrigues, a campanha arrecadou R$ 1.406.575,00, com contribuições dos diretórios nacionais do União Brasil, MDB e do diretório estadual do Podemos, partidos coligados nas eleições municipais de Araguaína. Além disso, o próprio Wagner doou R$ 10 mil para sua campanha. O montante arrecadado superou o limite estimado pelo TSE para a cidade em R$ 282.206,12. No entanto, os dados referem-se apenas à receita da campanha, que não está sujeita a limitações diretas.
Gurupi
Gurupi possui um limite de gastos de R$3.479.172,98 e é a única, entre as cidades analisadas, em que o valor depositado pelo candidato é maior que o encaminhado pelo próprio partido. Cristiano Pisoni (PSDB) recebeu R$100 mil e ele próprio doou R$300 mil para a sua candidatura. Com valores adquiridos de outras doações, a receita da campanha dele chega a R$417 mil.
Josi Nunes (UB), que concorre à reeleição, tem a candidatura que mais teve receita, com R$2.879.000,00 adquiridos. Desse valor, a maior parte veio dos partidos coligados, como o UB, que colaborou com R$1.369.200,00, o PL nacional com R$1 milhão e o PL estadual com R$288.550,00. A candidata não fez depósitos para sua campanha.
Eduardo Fortes (PSD) aparece com uma receita de R$2.236.700,00. A maior parte, R$2 milhões, vieram do diretório nacional de seu partido e de outros doadores. O próprio candidato depositou R$5 mil.
Porto Nacional
Em Porto, onde o limite de gastos foi estabelecido em R$1.164.909,16, ocorrem campanhas com a menor receita entre as cidades analisadas. Um exemplo é Álvaro da A7 (PSB), que não recebeu nada do partido, e aparece apenas com uma doação de R$10 mil, feita por ele mesmo. Não por acaso, ele está em último colocado, segundo o Opção Pesquisas.
Outro candidato nessa condição é Nelcir Formehl, que não recebeu dinheiro do fundo partidário. Mas, nesse caso, trata-se de uma diretiva de seu próprio partido. O Novo não aceita os recursos do fundo partidário em suas campanhas. Apesar disso, o candidato fez uma boa campanha de arrecadação e aparece com R$128.800, vindos de diversos doadores, pessoas físicas. Ele próprio doou R$10 mil.
Ronivon Maciel (UB), que lidera a disputa na cidade, está com uma receita de R$1.099.800,00 sendo que a maior parte desse valor, R$1.075.800,00, são do diretório nacional do UB.
Toinho Andrade (Repu) recebeu R$938.500,00, sendo R$843 mil de seu partido e R$50 mil do Progressistas, que faz parte da coligação da campanha dele. Também foi declarado um aporte de R$5 mil feito pelo próprio candidato.
Há uma coincidência entre as campanhas que mais tiveram recursos aportados e os nomes que lideram a disputa. É claro, deve-se considerar que, uma candidatura com mais partidos coligados terá uma receita maior.