Agressor que deixou ex-companheira em estado grave no HGP é seguidor ferrenho do clã Bolsonaro

Gilman Rodrigues da Silva, suspeito de agredir brutalmente e deixar Delvânia Campelo da Silva em estado grave na UTI do Hospital Geral de Palmas (HGP), o que gerou movimentos e manifestações por justiça, além de declarações políticas, incluindo do governador Warndelei Barbosa (Republicanos), se apresenta nas redes sociais como eleitor e apoiador do clã da família Bolsonaro, que prega o slogan Deus, Pátria e Família.

Além do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Gilman segue o deputado federal Flávio Bolsonaro (PL) e o senador Eduardo Bolsonaro (PL). O ex-vice-prefeito de Caseara, eleito em 2004, já fez posts de apoio ao ex-presidente, críticas ao PT e é fã de várias páginas que apoiam Bolsonaro.  Ele é suspeito de atacar violentamente a ex-companheira.

O perfil de Gilman Rodrigues também segue várias personalidades políticas tocantinense, entre elas o governador do estado, que recentemente o chamou de marginal, após o caso de agressão de Delvânia Campelo ganhar repercussão. Wanderlei não segue o suspeito de volta.

A declaração do governador ocorreu durante a inauguração da Casa da Mulher Brasileira, em Palmas, realizada nesta sexta-feira (28). “Vamos fazer todo esforço para colocar esse marginal na cadeia”, declarou Wandelei. A cerimônia contou com a presença de inúmeras autoridades e foi marcada por protestos em defesa de Delvânia. Durante a manifestação, Kelly, cunhada da vítima, destacou a angústia da família diante da impunidade do agressor, além de buscar apoio psicológico e jurídico para Delvânia e seus familiares.

O crime, que aconteceu no último sábado, 22, na zona rural de Caseara, e deixou Delvânia com graves ferimentos na cabeça, um braço e um dedo quebrados, além de ter os cabelos arrancados. A brutalidade do caso gerou grande comoção e revolta nas redes sociais.

Histórico de violência

Mesmo com um histórico de violência contra mulheres – sua ex-esposa já havia conseguido medida protetiva contra ele –, Gilman se apresentou à polícia apenas após o período de flagrante, prestou depoimento e foi liberado.