Representantes das etnias do Tocantins participam em Brasília, da III Marca das Mulheres Indígenas que acontecem em Brasília no período de 11 a 13 de setembro. Consta da programação debates, lançamento de livros, grupos de trabalho e apresentações culturais, entre outros. O encontro é promovido pela Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade (ANMIGA) e as Mulheres Biomas do Bras

Nesta edição, o evento celebra o tema “Mulheres Biomas em Defesa da Biodiversidade através das raízes ancestrais”. O objetivo é conectar e reconectar a potencialidade das vozes das ancestralidades que são as sementes da terra, que compõem a rede ANMIGA, fortalecer a atuação das mulheres indígenas, debater os desafios e propor novos diálogos de incidência na política indígena do Brasil.

Como parte dessa jornada de luta por direitos, em janeiro de 2023 foi realizada a Pré-Marcha das Mulheres Indígenas, sob o tema “Vozes da ancestralidade dos 6 biomas do Brasil”, com a participação de mais de 200 mulheres, estimulando debates coletivos na perspectiva da política indígena na construção e manutenção de direitos a nível nacional.

“Nós vamos discutir o papel importante que a mulher tem dentro da sociedade indígena e não indígena”, declarou a líder indígena Vanessa Xerente, ao falar sobre a importância do evento.

Representantes do movimento de mulheres indígenas de outras partes do mundo também estarão presentes, como do Peru, dos Estados Unidos, da Malásia, da Rússia e da Nova Zelândia. “Essa diversidade de participantes destaca a universalidade das questões enfrentadas pelas mulheres indígenas, como o acesso à terra, a violência de gênero, a discriminação e a luta pela autonomia e empoderamento”, explicou a Anmiga.

A 1ª Marcha das Mulheres Indígenas ocorreu em 2019, com o tema “Território: nosso corpo, nosso espírito”. A segunda edição foi em 2021 e teve como tema “Mulheres originárias: Reflorestando mentes para a cura da Terra”.