Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu alerta de nível laranja para a onda de calor que deve atingir todo o país até o dia 22 de setembro. A área sob alerta abrange os estados do Mato Grosso do Sul e São Paulo em sua totalidade, além de partes do Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraná e o Tocantins.

Os avisos, que pode ser amarelo (perigo potencial), laranja (perigo) ou vermelho (grande perigo), são emitidos quando as temperaturas, neste caso as máximas, ficam pelo menos 5°C acima da média histórica do período.

Recomendações

No Tocantins a Defesa Civil emitiu alerta com recomendações. “A grande dica é fazer o que já é feito nesta época pela nossa população, principalmente evitar atividade física nos horários mais quentes do dia, usar roupas mais leves, se hidratar e, sempre que possível, se abrigar do sol em ambientes com ventilação”, orienta o superintendente do Comando de Ações de Defesa Civil Estadual, coronel Erisvaldo Alves.

El ninho

Meteorologista José Luiz Cabral, aponta o fenômeno El Ninho, como a principal causa da onda de calor que pode registrar a maior temperatura dos últimos anos. Foto: divulgação.

A combinação que pode comprometer a saúde sobretudo de crianças e idosos é bem conhecida no Tocantins: calor e baixa umidade. O meteorologista José Luiz Cabral, do Núcleo Estadual de Meteorologia e Recursos Hídricos da Universidade Estadual do Tocantins (Unitins) explica que vários são os fatores que contribuem para a onda de calor que está se espalhando pelo Brasil e tornando o clima no Tocantins insuportável.

Cabral lembra que no mês de julho o planeta terra registrou a maior temperatura dos últimos anos. Outro fator, que segundo o pesquisador, pode contribuir também “é que estamos sobre atuação do fator meteorológico El ninho que para a nossa região deixa o tempo quente e com ausência de precipitação”, explica.

Cabral ressalta que o que está atuando neste momento é o mesmo sistema meteorológico comum nos períodos de estiagem. “Cria um bloqueio atmosférico, não permite a entrada de umidade e deixa o tempo mais quente e mais seco, tanto é que o Instituto Nacional de Meteorologia tem emitido vários alertas quanto a baixa umidade relativa do ar e elevação da temperatura. Cabral faz questão de lembrar que no mês de setembro é registrado no Estado as maiores temperaturas máximas da região.

“É um conjunto de fatores que está contribuindo para essa elevação da temperatura. Agora será que chega aos 45 graus? Não sei. Em 2017 chegou a 43. O fato é que os dias continuam quentes e secos. Que não é novidade nenhuma para os tocantinenses. Alta temperatura e baixos índices de umidade relativa do ar todo tocantinense está acostumado”, ressalta o meteorologista.