Tocantins é o 2º estado que mais desmatou o Cerrado no 1º semestre de 2025
Samir Leão
11 julho 2025 às 10h50
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Dados do sistema DETER, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), apontam que o Tocantins registrou 747,1 km² de alertas de desmatamento no Cerrado entre janeiro e junho de 2025. O número coloca o estado na segunda posição entre os que mais acumularam alertas no período, atrás apenas do Piauí (786,6 km²). Em terceiro lugar aparece o Maranhão, com 704,5 km².
No geral, o Cerrado registrou uma queda de 11% nos alertas de desmatamento de janeiro a junho, caindo de 3.724,3 km² em 2024, para 3.358,3 km² em 2025. Já o Tocantins teve uma redução ainda maior: 21%, passando de 940,9 km² para 747,1 km² no mesmo período.
Municípios tocantinenses
O município de Paranã, no sudeste do Tocantins, aparece entre os dez com maior área sob alerta de desmatamento do Cerrado no País, com 85,82 km² registrados no semestre. O município também lidera, ao lado de Guadalupe (PI), o ranking nacional de maior número de avisos de desmatamento, com 186 registros no período.
O Tocantins também apresenta variações importantes quando o recorte é feito apenas entre seus municípios. Além de Paranã, que lidera os alertas no estado, os dados mostram Conceição do Tocantins, com 46,80 km², Rio Sono (38,61 km²), Natividade (33,35 km²), Almas (24,72 km²), Sandolândia (24,55 km²), Lizarda (23,24 km²), Cristalândia (22,29 km²), Ponte Alta do Tocantins (20,55 km²) e Centenário, que totalizou 19,27 km² sob alerta.
Áreas protegidas também concentram alertas
De acordo com os dados do DETER, em relação ao bioma Cerrado, o Tocantins tem três áreas de proteção ambiental que aparecem entre as dez com maior número de avisos de desmatamento no Brasil:
APA Ilha do Bananal/Cantão – 53 avisos e 11,57 km² sob alerta
APA Serra do Lajeado – 13 avisos e 2,89 km²
Parque Estadual do Jalapão – 7 avisos e 2,60 km²
Sobre o DETER
O DETER é um sistema de alerta utilizado pelo Inpe para identificar em tempo quase real indícios de desmatamento e degradação da vegetação nativa. Os dados servem como orientação para ações de fiscalização, mas não substituem os números consolidados do sistema PRODES, também do Inpe, que é divulgado anualmente com base em imagens de satélite de maior resolução.
