Tocantins registra uma redução de 57,6% nos casos de leishmaniose visceral e tegumentar

16 julho 2024 às 17h25

COMPARTILHAR
Entre janeiro e junho de 2024, o Tocantins registrou uma redução significativa nos casos de leishmaniose, com 25 novos casos de leishmaniose visceral, uma queda de 57,6% em comparação aos 42 casos do mesmo período de 2023, conforme divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) no Informe Epidemiológico. Este documento, elaborado pela área técnica responsável pelas leishmanioses, busca fornecer informações para a promoção de ações estratégicas.
O informe revela que foram identificados 25 novos casos de leishmaniose visceral em 2024, uma redução de 57,6% em comparação ao mesmo período de 2023, que contabilizou 42 novos casos. No entanto, houve um óbito registrado no município de Pium. Os 25 casos de leishmaniose visceral deste ano foram distribuídos pelas regiões de saúde de Capim Dourado (40%), Bico do Papagaio (20%), Médio Norte Araguaia (16%), Ilha do Bananal (20%) e Cantão (4%).
Casos de leishmaniose tegumentar
Os casos de leishmaniose tegumentar também apresentaram uma ligeira redução, com 141 registros em 2024 comparados a 146 no primeiro semestre de 2023, uma queda de 4,1%. A maioria dos casos (87,2%) apresentaram a forma cutânea da doença, enquanto 12,8% apresentaram a forma mucosa. As regiões afetadas foram Bico do Papagaio (13,5%), Médio Norte Araguaia (13,5%), Cerrado Tocantins Araguaia (5,7%), Cantão (10,6%), Capim Dourado (32,6%), Amor Perfeito (7,1%), Sudeste (9,2%) e Ilha do Bananal (7,8%).
Medidas
O biólogo em saúde e responsável pela área técnica das leishmanioses na Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO), Julio Bigeli, detalhou as iniciativas da Secretaria. “Nós temos trabalhado com o assessoramento das equipes municipais de saúde, com foco na construção de seus planos de ação para intensificação da vigilância e controle da leishmaniose visceral. Realizamos, no primeiro semestre, a capacitação “8 toques para a leishmaniose” para qualificação das práticas de assistência à saúde de médicos e enfermeiros” explicou Bigeli.
Bigeli destacou ainda a importância da descentralização do diagnóstico da leishmaniose visceral por meio de testes rápidos na atenção primária. “Mas o principal objetivo da nossa equipe atualmente é avançar no processo de descentralização do diagnóstico da leishmaniose visceral por meio do teste rápido para a atenção primária”, afirmou.
A doença
A leishmaniose, transmitida por insetos hematófagos, apresenta duas formas: tegumentar e visceral. A leishmaniose tegumentar causa feridas na pele, enquanto a visceral afeta órgãos internos como fígado, baço e medula óssea. O diagnóstico é feito por exames clínicos e laboratoriais, com tratamento oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).