Por Redação

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Há tempos a democracia é dilacerada

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Operação
Militares do Exército e policial federal que planejaram Golpe de Estado são presos em operação da PF

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Punho cerrado: das mobilizações trabalhistas a consolidação pelos movimentos negros e Vinicius Jr.

É praticamente impossível definir quando o gesto foi utilizado pela primeira vez no contesto de lutas sociais, mas ele foi utilizado desde as primeiras organizações trabalhistas

Faltou Dizer
Explosões em Brasília comprovam ainda mais por que anistia pelo 8 de Janeiro é absurdo

Júnior Kamenach

As explosões que abalaram o Supremo Tribunal Federal (STF), resultando na morte de um homem apontado como autor do ataque, ecoaram o radicalismo violento que ameaça nossa democracia.

Ao mesmo tempo, o atentado pode representar um marco definitivo contra a proposta de anistia para os envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Um exemplo disso é a reação de um dos principais nomes da extrema-direita, o deputado estadual Gustavo Gayer (PL-GO), que lamentou em grupos bolsonaristas: “Parece que foi esse cara mesmo. Agora vão enterrar a anistia. Pqp”, escreveu.

As mensagens foram obtidas pela Folha de S. Paulo, enviadas em dois grupos com deputados ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) lamentando o fato. Gayer chegou a compartilhar a foto do autor do atentado, que seria um ex-candidato a vereador pelo PL.

A defesa dessa anistia, encampada por algumas lideranças conservadoras, tem como argumento principal a “pacificação nacional.” No entanto, o que realmente observamos é uma tentativa de banalizar ataques diretos ao Estado de Direito.

A tentativa de perdoar aqueles que invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes não pacifica — ela normaliza a insurreição e enfraquece as instituições que protegem nossas liberdades e garantem a estabilidade do país. O atentado mais recente ao STF é um lembrete sombrio de que a violência não está tão distante quanto alguns gostariam de acreditar.

Francisco Wanderley Luiz, identificado como o autor do ataque, tentou invadir o edifício da Suprema Corte e detonou um explosivo, colocando em risco os alicerces da Justiça. Esses atos extremistas, que se assemelham a práticas terroristas, mostram que a defesa da anistia é não apenas imprudente, mas também desrespeitosa com todos os brasileiros que prezam pela democracia.

A concessão de anistia aos golpistas de 8 de janeiro pode ter consequências ainda mais graves: incentiva futuras ações extremistas. Quando o poder legislativo cede a pressões e permite que esses ataques permaneçam impunes, ele manda uma mensagem de que nosso Estado é fraco e que as instituições não estão dispostas a proteger a democracia com a devida seriedade.

Além disso, uma anistia abre um precedente perigoso, permitindo que o radicalismo volte à tona sempre que interesses políticos extremos decidam desafiar o sistema democrático. Esse ataque ao STF, seguido pelo crescente cansaço entre lideranças centristas em relação às pautas da extrema-direita, pode trazer mudanças significativas no cenário político.

A ideia de anistiar os envolvidos nos atos de 8 de janeiro é, portanto, um erro que ameaça a própria base da democracia. É hora de reafirmar nosso compromisso com a justiça, lembrando que proteger as instituições é a única forma de garantir que atos extremistas não sejam aceitos ou esquecidos. A verdadeira paz vem da justiça, e a verdadeira democracia só se mantém viva com a proteção firme de suas instituições.

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