Com federalização entre PP e União, Vicentinho Júnior prega política de “ouvido aberto” no Tocantins

02 maio 2025 às 11h37

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O anúncio da federação entre Progressistas e União Brasil, agora oficialmente batizada de União Progressistas (UP), marca mais do que um rearranjo partidário. É também o início de um novo capítulo no Tocantins, onde a coordenação ganha cara, sotaque e ambição tocantinense com o deputado federal Vicentinho Júnior (PP) e a senadora Professora Dorinha (União) dividindo o leme no estado.
Com discurso afiado, Vicentinho usou o lançamento para fazer um aceno ao eleitorado do estado e cravar o papel do PP no novo jogo político: “Quem quer entender o Tocantins precisa andar pelas ruas, sentar nas praças e ouvir”, disparou. É o tipo de frase que parece simples, mas vem embutida de recado, o PP quer protagonismo e já coloca o pé no chão do interior.
E peso para isso não falta. Segundo o próprio deputado, o Progressistas tem presença consolidada nos quatro cantos do estado: 15 prefeitos, 21 vice-prefeitos, 142 vereadores e uma base crescente de lideranças comunitárias. “Esse grupo é o coração pulsante do PP”, reforçou Vicentinho. Não é só retórica: é inventário político.
No plano nacional, a UP nasce com 109 deputados federais e 13 senadores, uma superpotência no Congresso. No plano local, porém, ainda vai precisar mostrar como equilibra dois caciques em um só palanque. Por enquanto, a palavra-chave é “diálogo”. E Vicentinho sabe usar: fala em empatia, respeito, escuta ativa e liberdade para sonhar. “Nunca fui de cercear o sonho de ninguém, até porque eu não deixo que ninguém cerceie os meus”, disse. Recado dado ao deputado Cargos Gaguim (União).
A eleição de 2026 ainda está distante, mas a movimentação já começou. A UP quer se posicionar como centro-direita sólida e competitiva, e Vicentinho deixa claro que não está nesse jogo para ser coadjuvante. As decisões virão, segundo ele, “no tempo certo”, com um olho no projeto de desenvolvimento do estado e o outro nas articulações de bastidor que já estão a todo vapor.
No fim das contas, Vicentinho aposta numa política que mistura discurso emocional com cálculo estratégico. E se depender dele, o “espaço para caber todo mundo” está aberto, resta saber se os condutores irão ficar alinhados até o final da primeira parada, 2026.