Os preparativos para as eleições gerais de 2026 estão começando nos bastidores. Embora o tabuleiro só fique claro depois da posse dos novos prefeitos e vereadores eleitos este ano, algumas projeções políticas já começam a se desenhar. Para o Senado, em 2026 serão duas cadeiras: a de Irajá Abreu (PSD) e a de Eduardo Gomes (PL). Como o mandato de senador é de oito anos, a única que não deve se preocupar muito, por enquanto, é a senadora Professora Dorinha (UB), que foi eleita em 2022 e terá mandato até 2031. 

Justamente por isso, Dorinha Seabra é um dos nomes que podem compor o tabuleiro das próximas eleições. Sem nada a perder, ela pode concorrer à eleição para o Executivo estadual sem correr riscos. Terá apoio do deputado federal Carlos Gaguim, que faz parte de seu partido, União Brasil, e pode ser que tenha apoio de Wanderlei Barbosa (Repu). 

Os dois nomes que devem deixar o Senado em 2027, Irajá e Eduardo, parecem estar tateando o caminho que seguirão. Gomes, já disse, por mais de uma vez, que tentará ocupar o comando do Palácio. Mas como bom estrategista e político experiente, sabe medir as possibilidades. Se não viabilizar seu nome para o Executivo, melhor vai ser tentar sua recondução ao Senado, ou uma vaga nas câmaras, ou estadual ou federal, que já são garantidas. Ficar sem mandato após 2027 pode anunciar um sepultamento político. Afinal, nem todos conseguem a façanha de Eduardo Siqueira (Pode), prefeito eleito em Palmas, de conseguir voltar para a vida pública depois de anos fora. 

Irajá Abreu ainda não é fácil de ser lido. Sua atuação nas eleições de 2024 foi bastante tímida, se comparado com Gomes e Dorinha. Principalmente por sua indisposição com o governador, seu nome pode se consolidar como oposição. Mas, novamente, também dependerá da análise que ele e sua equipe tiverem do cenário. Arriscar uma reeleição ao Senado para concorrer ao governo, sem nenhuma garantia, não parece ser uma jogada que ele faria.  Outrossim, o senador está muito empenhado para garantir a aprovação do Projeto de Lei nº 2234/2022, apelidado de “PL dos Jogos de Azar” e sua saída do Legislativo nesse momento poderia jogar água em todas as negociações. 

Estágio da PL dos Jogos em que Irajá é relator | Fonte: Senado Federal

Saindo dos nomes que já estão no Senado, para os que querem a cadeira, e já indicaram isso publicamente, surgem os nomes do deputado Alexandre Guimarães (MDB) e Vicentinho Júnior (PP). Alexandre Guimarães deve compor com o vice-governador Laurez Moreira (PDT) para a criação de uma chapa independente do governador Wanderlei. 

Vicentinho Júnior (PP) também acena para a candidatura ao Senado Federal com possibilidades reais de se viabilizar, principalmente depois de “pular do barco” da campanha de Janad Valcari (PL) e abraçar o Siqueirismo durante o segundo turno das eleições, o que pode lhe garantir apoios importantes na caminhada para o Senado. 

Um nome que parecia ter força para ascender à Casa Revisora era o de Toinho Andrade (Repu), que foi o deputado federal mais votado do Tocantins em 2022. No entanto, sua derrota nas eleições municipais de Porto Nacional, para Ronivon Maciel (UB), podem servir de alerta para que o passo não seja maior que a perna. 

Outro nome que afirmou mais de uma vez que não pretende concorrer à vaga, mas é um nome muito forte é o do próprio governador Wanderlei. Ele já garantiu que está fora de seus projetos disputar as eleições de 2026 e assegurou que terminará seu mandato em dezembro de 2026 e que não renunciará em abril para se desincompatibilizar e, assim, poder concorrer às eleições