O deputado Ivory de Lira (PCdoB) assumiu nesta terça-feira, 21, a presidência da Assembleia Legislativa do Tocantins em caráter temporário, enquanto o titular do cargo, deputado Amélio Cayres (Republicanos), viaja à Suíça como integrante da delegação tocantinense. A transmissão do cargo foi oficializada por meio do Termo de Transmissão de Cargo, publicado no Diário Oficial da Assembleia Legislativa nesta manhã.

Amélio Cayres ficará afastado do comando do Legislativo até o próximo dia 31 de janeiro, período durante o qual participa de uma missão internacional representando o Estado em compromissos oficiais. A viagem faz parte de uma articulação que visa fortalecer relações institucionais e atrair investimentos estrangeiros para o Tocantins.

A comitiva inclui representantes do governo estadual como  Karynne Sotero, primeira-dama e secretária Extraordinária de Participações Sociais; Marcello Lelis, secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh); Camila Mitye, jornalista da Secretaria Executiva da Governadoria; Elisângela Pereira da Silva, assessora de imprensa do Gabinete do Governador; Ezequiel Nunes Sales, assessor da Semarh; Filipe Costa Franco, ajudante de Ordens do Gabinete do Governador; Kellen Aguiar Fragoso Pimentel, subtenente da Casa Militar; Raíssa Leite de Negreiros Sotero, assessora especial do Gabinete do Governador; e Robson Corrêa, gerente de Fomento à Economia Circular da Semarh.  

Nada de Laurez

Em tempos normais, seria esperado que o vice-governador assumisse a posição de titular do Executivo estadual, dado o período de ausência do governador Wanderlei Barbosa (Republicanos) do estado. Contudo, as tensões políticas entre Wanderlei e o vice-governador Laurez Moreira (PDT), aliadas à aprovação da PEC nº 2/2024, conhecida como “PEC Laurez”, alteraram esse cenário.

Aprovada pela Assembleia Legislativa em setembro de 2024, a proposta apresentada pelo governador trouxe algumas mudanças para a administração estadual. Embora a Constituição já garantisse ao chefe do Executivo a possibilidade de se ausentar por até 15 dias sem necessidade de transmissão do cargo, a PEC inova ao permitir que ele exerça o mandato remotamente, por meio de sistemas digitais. Essa medida reforça a continuidade administrativa e consolida o conceito de governo digital, adaptando a gestão estadual às tecnologias modernas.