Semana da política do TO tem Wanderlei no DF, Karynne em destaque, Laurez em campanha e atrito entre Léo e Geo

14 março 2025 às 16h29

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A semana nos bastidores da política tocantinense foi marcada por articulações, visitas e eventos com participações em destaque para mulheres. O governador do estado, Wanderlei Barbosa (Republicanos), que afirma não renunciar o cargo para disputar a eleição como senador em 2026, fez aniversário essa semana, cumpriu agenda em Brasília ao lado dos senadores Eduardo Gomes (PL) e Dorinha Seabra (UB), mas evitou o contato com desafeto, o senador Irajá Abreu (PSD), que usou a tribuna do congresso para criticar a condução fiscal do estado na gestão de Barbosa.
Em outra frente, a primeira-dama do Tocantins, Karynne Sotero, organizou o 1º Encontro de Primeiras-Damas e Lideranças Femininas do Tocantins, que lotou o auditório do Palácio de Araguaia, com destaque para Polyanna Siqueira Campos, primeira-dama de Palmas, e Josi Nunes (UB). Em contrapartida, foram notadas as ausências da ex-prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro (PSDB), e das primeiras-damas de Porto Nacional, Keila Viana Maciel, Araguaína, Ana Paula Lopes, e Paraíso do Tocantins, Carol Falcão, esposas de prefeitos que não tiveram apoio do governo na última eleição municipal.
Laurez
Em Palmas, o vice-governador do Tocantins Laurez Moreira (PDT) visitou à Câmara Municipal e foi recebido pelo ex-prefeito de Palmas e agora vereador, Carlos Amastha (PSB), que destacou o apoio ao atual de vice de Wanderley em uma eventual candidatura ao governo do Tocantins em 2026. Laurez vive litígio com Wanderlei, que já chegou a declarar que o vice faz um papel de vítima. Em uma eventual renúncia de Wanderlei, seis meses antes da eleição de 2026, Laurez assumiria o governo e seria um candidato natural para a reeleição.
Assembleia
A pauta sobre as partidas de futebol, comuns no dia a dia do governador Wanderlei Barbosa, foi tema de rusgas em seção parlamentar na Assembleia Legislativa do Tocantins nessa semana. O embate entre o deputado estadual Júnior Geo (PSDB) e Léo Barbosa (Republicanos), envolvia o pagamento emendas impositivas, que são um tipo de emenda ao orçamento público feitas por parlamentares que o governo é obrigado a executar.
Geo cobrou o pagamento das emendas, afirmou que a de outros colegas estão sendo pagas e ressaltou que isso era obrigação, sem precisar puxar o saco de ninguém, mas não recebia o retorno do Palácio Araguaia quando ia buscar as respostas, e essa falta de compromisso poderia ser por falta de interesse do governador que não deixa de jogar seu futebol, mesmo em horário de expediente. Wanderlei, inclusive, celebrou o aniversário dos seus 61 anos com uma partida de futebol.
Filho do governador, Léo Barbosa saiu em defesa do pai e chegou a chamar o colega de mentiroso, ou melhor, que Geo faltou com a verdade. Léo afirmou que o estado nunca pagou tantas emendas como na gestão de Wanderlei Barbosa.