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Conservadores e esquerdistas precisam de coalização para barrar avanço da extrema direita na Alemanha

Vitória dos conservadores na Alemanha exige coalizão com partidos de esquerda para impedir avanço da extrema-direita e garantir governabilidade no Bundestag

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Gusttavo Lima e o mito da montanha que pariu o rato

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O tocantinense parou de se chocar com escândalos de corrupção

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Cada dia mais próximo de ver o sol nascer quadrado

O desenho político que se instaura significa avanço para democracia ou consta atraso nas resoluções republicanas?

Brasil não consegue conter o avanço do crime organizado

Crescimento número e econômico das facções mostram ineficácia no combate ao crime organizado

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Filme “Ainda Estou Aqui” é um grito de resistência em meio às sombras da ditadura

"Ainda Estou Aqui" resgata a memória e a resistência na Ditadura Militar

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A importância do Cadastro Nacional de Pedófilos e Predadores Sexuais, agora disponível para consulta pública

A partir de agora, o nome e CPF de condenados em primeira instância por crimes sexuais contra crianças e adolescentes estarão acessíveis ao público, devido à sanção da Lei 15.035/2024, que criou o Cadastro Nacional de Pedófilos e Predadores Sexuais

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Proibir vapes e pods impede seu uso? A realidade mostra que não

Bárbara Noleto


A legalização dos vapes, pods e canabinóides no Brasil exige um debate racional, baseado em evidências científicas e na experiência de países que já adotaram regulações eficazes.

A atual proibição não impede o consumo, mas impulsiona o mercado clandestino, dificultando a fiscalização e expondo os consumidores a riscos ainda maiores. Ao legalizar e regulamentar esses produtos, o país pode reduzir danos, fortalecer a economia e promover campanhas eficazes de conscientização.

Mercado clandestino e riscos à saúde

A proibição de vapes e pods não impediu seu uso, mas criou um cenário perigoso: o mercado ilegal inclui produtos sem controle de qualidade, muitas vezes contendo substâncias nocivas. No YouTube, é possível encontrar tutoriais ensinando a fabricar essências caseiras sem qualquer padrão de higiene ou segurança, aumentando os riscos à saúde dos consumidores.

Antes, era possível conhecer senhores e senhoras que fumaram durante toda a vida, e morreram por causas não relacionadas na velhice. Entretanto, quando a ilegalidade atinge, os fornecedores adicionam outros componentes, para que a mercadoria gere mais lucro. 

Embora vapes e pods sejam apresentados como alternativa ao cigarro tradicional, especialistas alertam que eles ainda representam riscos significativos. O aerossol dos cigarros eletrônicos contém substâncias tóxicas que podem causar doenças pulmonares, cardíacas e até aumentar o risco de câncer.

A exposição à nicotina, especialmente na adolescência, pode afetar a capacidade de aprendizado e concentração. Assim, qualquer regulamentação deve ser acompanhada de controle rigoroso e campanhas educativas para minimizar os danos associados ao consumo.

Canabinóides: uso medicinal e potencial terapêutico

Foto: Repro

A legalização dos canabinóides para fins medicinais pode representar um avanço na saúde pública, beneficiando pacientes com doenças crônicas como epilepsia, dor crônica e esclerose múltipla. Estudos científicos demonstram o potencial terapêutico dessas substâncias, muitas vezes com menos efeitos colaterais do que os medicamentos tradicionais.

No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já autorizou alguns medicamentos à base de canabinóides, mas o alto custo e a burocracia ainda dificultam o acesso. A regulamentação da produção nacional reduziria a dependência de importações e garantiria maior acesso a tratamentos seguros e eficazes.

Impacto econômico e oportunidades para o agronegócio

A legalização de vapes, pods e canabinóides pode impulsionar a economia brasileira, gerando empregos, arrecadação de impostos e investimentos em pesquisa e desenvolvimento. O agronegócio, em particular, pode se beneficiar da produção de cânhamo para extração de canabinóides, uma planta com diversas aplicações industriais e potencial para fortalecer a agricultura nacional.

A Embrapa anunciou um programa de pesquisa de 12 anos voltado para o cultivo de cannabis, com o objetivo de aprimorar geneticamente a planta e estabelecer polos regionais de produção. O cânhamo não apenas possui valor medicinal, mas também serve na fabricação de tecidos, bioplásticos e outros produtos sustentáveis. Ou seja, representa uma oportunidade para produtores rurais diversificarem suas atividades e para o Brasil se tornar um exportador competitivo nesse setor.

Regulamentação e campanhas de conscientização

| Foto: Marcelo Camargo / Agencia Brasil

A experiência do Brasil com as campanhas antitabagismo nos anos 80 e 90 mostra a importância da informação na mudança de hábitos. A queda no número de fumantes é prova de que ações educativas, restrições e aumento de impostos sobre o cigarro gera resultados.

Da mesma forma, a legalização de vapes, pods e canabinóides deve ocorrer com campanhas de conscientização sobre seus riscos e benefícios. A população precisa de informações claras e precisas para tomar decisões informadas sobre o uso desses produtos, evitando tanto a desinformação quanto o incentivo indiscriminado ao consumo.

Afinal, não adianta o moralismo de ser contra, mas não se importar com as consequências disso na vida real. Em Goiânia, em qualquer saída com os amigos, nas baladas e botecos, é possível ver os vendedores ambulantes, os mesmos que vendem doces, vendendo também um cigarro eletrônico sabor melancia.

Regulamentar para avançar

A legalização de vapes, pods e canabinóides, sob fiscalização e regulamentação adequadas, pode representar um avanço para a saúde pública e a economia brasileira. Ao invés de ignorar a realidade, o Brasil pode adotar uma abordagem inteligente, focada na redução de danos, na geração de empregos e no acesso à informação.

Então é hora de substituir a proibição ineficaz por políticas baseadas em evidências, garantindo segurança aos consumidores e oportunidades para o país. Afinal, a clandestinidade não protege ninguém – apenas perpetua riscos e impede que o Brasil aproveite os benefícios da regulamentação.

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