Irajá Silvestre Filho, conhecido como Irajá Abreu (PSD), é senador da República pelo Tocantins e um dos fundadores do Partido Social Democrático (PSD), presidindo a sigla no estado. Sua trajetória política começou em 2010, quando foi eleito deputado federal com apenas 27 anos, tornando-se o mais jovem parlamentar da bancada tocantinense. Em 2014, foi reeleito como o segundo deputado federal mais votado do Tocantins, com aproximadamente 63 mil votos. Em 2018, foi eleito senador com mais de 214 mil votos, correspondendo a 16,82% dos votos válidos, sendo o mais jovem da história a conquistar uma cadeira no Senado, com a idade mínima exigida de 35 anos. Em 2022, concorreu ao governo do estado, enfrentando Wanderlei Barbosa (Republicanos) e Ronaldo Dimas (PL).

Natural de Goiânia (GO), Irajá é graduado em Publicidade e Propaganda, empresário e produtor rural. Filho da ex-senadora Kátia Abreu, pertence a uma tradicional família política do Tocantins. Seu mandato é marcado pela defesa do municipalismo, pela geração de emprego e renda, e pela atuação voltada ao fortalecimento das economias locais.

Nesta entrevista exclusiva ao Jornal Opção Tocantins, Irajá abordou temas como sua atuação no Senado, o cenário político das eleições de 2024 e os desafios para 2026, além de falar sobre seu relacionamento com o prefeito eleito de Palmas, Eduardo Siqueira Campos (Podemos). Também comentou a regulamentação dos jogos responsáveis e analisou o impacto do governo Lula (PT) no cenário nacional.

Senador, pra começar nossa conversa, o senhor recebeu recentemente um prêmio do Ranking dos Políticos e foi um dos políticos federais do Tocantins mais bem avaliados. Como o senhor vê essa premiação e esse reconhecimento?

Eu fiquei muito feliz com o reconhecimento de um trabalho que a gente vem realizando para o Tocantins, agora completando seis anos no Senado. Ao mesmo tempo, me sinto muito orgulhoso por receber a confiança dos tocantinenses, que me deram essa oportunidade de estar no Senado desenvolvendo esse trabalho. Por isso, divido com o Tocantins e com os tocantinenses essa honraria de receber esse prêmio.

Essa premiação, na verdade, é apenas um simbolismo de um trabalho que vem sendo desenvolvido durante todo o ano de 2024. Claro, no final do ano, essa homenagem acaba sendo um coroamento do trabalho realizado ao longo dos 12 meses. Para mim, recebo com humildade, mas fico muito lisonjeado por ter sido reconhecido por uma imprensa crítica em Brasília, que identificou esse trabalho de excelência que realizamos neste ano e me concedeu essa homenagem.

Como foi essa viagem a Malta, na Espanha, com uma comitiva de diversos prefeitos eleitos. O que vocês foram fazer lá e qual a experiência que vocês trazem para o Tocantins e para as cidades?

Senador Irajá Abreu com prefeitos de Porto Nacional, Ronivon Maciel; de Gurupi, Josi Nunes; e de Paraíso, Celso Morais (Foto: Divulgação/PPN)

É importante destacar que assumi, há praticamente um ano, a presidência do Brics (grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) no Congresso Nacional, pelo Senado Federal. O Brics, como todos sabem, é o maior bloco econômico atualmente, e recentemente foram incorporados mais sete membros.

Como presidente da frente parlamentar do Brics no Senado, represento 32 senadoras e senadores e, por isso, temos uma agenda extremamente intensa junto aos países membros. Minha participação em reuniões e encontros internacionais tem sempre o propósito de criar uma agenda que fortaleça a relação comercial entre o Brasil e esses países, trazendo também oportunidades para o Tocantins.

Tudo isso tem um propósito: atrair investimentos para o Tocantins, gerar emprego, renda e oportunidades.

Além da presidência do Brics, sou relator de um projeto extremamente estratégico para a economia brasileira, que é a regulamentação dos jogos responsáveis.

Esse projeto será um divisor de águas para o turismo brasileiro, considerando a experiência bem-sucedida em países da Europa, América do Norte e Ásia, que dobraram o número de turistas em até cinco anos após a implementação dessa medida.

Além disso, o projeto traz oportunidades de geração de renda, emprego e arrecadação de impostos. É um tema controverso, confesso, mas tenho convicção de que está maduro para ser votado no Senado. A partir do próximo ano, teremos um novo ambiente de negócios no Brasil com o jogo responsável, afastando, inclusive, o jogo de azar, que hoje é dominado pelo crime organizado.

Inclusive, há um dado de que Brasil e Bolívia são os únicos países na América do Sul que não fizeram a regulação dos jogos. Como o senhor vê isso?

PL estipula que possa haver pelo menos uma licença de cassino em cada estado | Foto: Divulgação

E tem um outro dado: no G20, que reúne as 20 maiores economias do mundo, apenas o Brasil e a Indonésia ainda não legalizaram os jogos. Entre os países da OCDE, que são 38 nações desenvolvidas, apenas a Islândia não legalizou.

O Brasil está ficando para trás e deixando de aproveitar uma grande oportunidade de atrair turistas europeus, asiáticos e americanos que gostam de turismo ligado aos jogos.

Esses turistas não vêm ao Brasil porque não oferecemos essa possibilidade. Eles vão para Argentina, Uruguai, Chile e para outros países ao redor do mundo, mas não visitam o Brasil por falta de opção.

Esse projeto que o senhor citou, que é o PL 2234/2022, de sua relatoria. O que estipula, em linhas gerais?

Olha, o projeto é muito pontual. Ele admite uma licença federal de resorts integrados, que inclui o cassino, sendo apenas uma licença por estado. Nos estados maiores, como São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Minas Gerais, pode haver até duas ou três licenças. Nós não definimos exatamente os locais, porque isso será determinado por um grande leilão, a exemplo do que aconteceu com os aeroportos, onde as empresas privadas apresentarão seus projetos na modalidade técnica e preço, apontando onde esses empreendimentos devem acontecer.

Esse é um processo que deve levar, no mínimo, um ano para ser colocado de pé e movimentará a economia brasileira. Um resort integrado desse, só para você ter uma ideia, é um investimento da ordem de 1 bilhão de dólares. Nesse complexo, você tem cinco componentes principais: hotéis, shopping center, centro gastronômico (restaurantes), centro de convenções (eventos empresariais) e um cassino.

Esse investimento altíssimo, equivalente a cerca de R$6 bilhões atualmente, movimentará a economia de uma cidade ou estado de forma significativa.

Aquece a construção civil, movimenta o comércio local, fortalece o segmento de serviços, e o turismo, como todos sabemos, é uma indústria altamente demandante de mão de obra. Então, acredito que o projeto dará um grande impulso ao turismo brasileiro, retirando o Brasil da posição tímida que ocupa no ranking mundial. Hoje, somos apenas o 50º país mais visitado por estrangeiros, apesar de sermos a nona economia mundial, com pontos turísticos belíssimos como praias, o Pantanal, a Amazônia, o Jalapão, o Rio de Janeiro e a região sul. Não perdemos absolutamente nada para outros países com belezas naturais semelhantes, mas o Brasil ocupa uma posição modesta no ranking internacional do turismo.

O jogo, nesse contexto, é uma grande oportunidade para atrair esses turistas, porque precisamos entender que existe todo tipo de turismo no mundo. Há turistas que preferem cruzeiros, outros que gostam de turismo ecológico e, também, milhões de americanos, europeus e asiáticos que frequentam o turismo de jogos. Hoje, infelizmente, o Brasil está fora desse mercado internacional.

Sobre a tramitação, o projeto foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e agora está no plenário do Senado para ser discutido e votado. Se dependesse de mim, já estaria aprovado.

Eu estou confiante. Acho que temos o apoio e os votos necessários para aprovar esse projeto. No entanto, na última semana, o projeto estava pautado por um acordo com os líderes partidários, mas decidimos retirá-lo da pauta para discutir e aperfeiçoar alguns pontos. Assim, ele será mais amadurecido, voltará à pauta e será aprovado definitivamente, com a certeza de que passará.

Agora entrando na parte do Tocantins, o senhor é um dos poucos políticos que se coloca efetivamente como oposição ao governador Wanderlei Barbosa (Republicanos). Tivemos, este mês, a eleição na Assembleia Legislativa do Tocantins (Aleto), em que ele demonstrou sua força junto a Amélio Cayres (Republicanos), reeleito com unanimidade dos votos. O que o senhor acha desse cenário?

É bom primeiro deixar claro que eu não sou contra o meu estado e muito menos contra o governo que está à frente do Tocantins. Eu sou contra as coisas erradas. Sou contra a corrupção, contra a cesta básica superfaturada na pandemia, contra o superfaturamento de leitos de UTI e de ambulâncias contratadas. Sou contra o desmando. Isso, sim, sou contra.

Esse tem sido meu posicionamento no Senado: fazer uma oposição responsável e crítica, apontando os desmandos do governo estadual liderado pelo atual governador Wanderlei Barbosa, que compactuou com tudo isso. É preciso deixar muito claro o meu posicionamento. Não estamos aqui discutindo questões de ordem pessoal, familiar ou algo do gênero, mas apenas uma posição política.

Com relação à situação mencionada, de não haver na Assembleia ou em outra esfera um posicionamento de oposição ao governo estadual, acho que a democracia precisa disso. Quando você tem um governo com amplo apoio — seja na Assembleia, nas câmaras municipais ou na bancada federal —, isso pode ser mérito do governo. Mas não ter uma oposição crítica é muito nocivo para a democracia.

Vivemos, no passado recente, momentos que não gostaríamos de relembrar, como ditadura, opressão e repressão à liberdade de imprensa.

Isso, sim, é um grande retrocesso, como infelizmente temos visto o governo praticar, inclusive junto a alguns veículos de comunicação. Não podemos compactuar, muito menos defender esse tipo de prática.

A beleza da democracia está nos pesos e contrapesos. Ter um governo estabelecido, mas também uma oposição vigilante e fiscalizadora. Isso deve acontecer, não só na bancada federal, como no meu caso, mas também na Aleto. Acredito que a partir do próximo ano, pelo menos na Assembleia, haverá um posicionamento mais contundente de oposição, algo que a democracia exige.

E falando agora diretamente desses escândalos, de compras de cestas básicas superfaturadas durante a pandemia, como o senhor viu todo esse processo?

Bom, acho que os indícios são realmente muito graves e precisam ser apurados.

O simples fato de um fornecedor de cestas básicas superfaturadas ter recursos transferidos para a conta do governador já é, por si só, um escândalo nacional.

E o próprio governador admitiu que recebeu o dinheiro, alegando que se tratava de um consórcio entre amigos, o que é absolutamente descabido.

Além disso, o desdobramento dessas investigações aponta que membros do PCC teriam fomentado o repasse desses recursos. Isso é algo ainda mais intolerável e estarrecedor. Agora, o Judiciário está atento a tudo isso. Tenho certeza de que a justiça brasileira está vigilante, acompanhando tudo o que está acontecendo no Tocantins e, em algum momento, vai se manifestar.

Acredito na justiça do país, acredito no Judiciário e confio que, em algum momento, quem está cometendo crimes será responsabilizado.

Outro processo que corre na Justiça, dessa vez em âmbito eleitoral, é a contratação de servidores pelo governo do estado em época eleitoral. O senhor moveu uma ação que diz que houve abuso de poder político e econômico durante as eleições para o Governo do Tocantins em 2022. Como está esse processo?

Nós ajuizamos duas ações chamadas AIJE, que são Ações de Investigação Judicial Eleitoral. Ambas estão tramitando no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ainda sem conclusão. Estão sob análise e, pela consistência e robustez das provas apresentadas aos autos, são fatos gravíssimos de crime eleitoral, como o uso da máquina administrativa para benefício próprio, inclusive abuso de poder político e econômico. Portanto, estamos submetendo à Justiça Eleitoral esses elementos para que ela possa se manifestar.

O fato é que as ações ainda estão em curso, mas eu não tenho a menor dúvida da gravidade dos elementos que foram apresentados.

Falando agora dessa composição do PSD no Tocantins. O senhor, como presidente, como viu essas eleições municipais de 2024?

Senador disse que a intenção do PSD é focar na qualidade dos candidatos e não na quantidade | Foto: Rozeane Feitosa

Bom, eu acho que o resultado das eleições de 2024 diz muito sobre o que podemos esperar para 2026. Percebi uma oposição muito fortalecida, com praticamente metade dos 139 municípios elegendo prefeitos, prefeitas, vereadores e vereadoras ligados à oposição.

O governo, naturalmente, também conseguiu eleger a outra metade, mas com uma ressalva importante: nas maiores cidades, como Araguaína, Paraíso, Porto Nacional e a capital, Palmas, a oposição obteve uma vitória histórica. Isso indica um caminho que a oposição está construindo, muito mais fortalecido, para o processo eleitoral de 2026.

Nesse contexto, o PSD também conseguiu eleger bons quadros políticos, inclusive em regiões diferentes do Tocantins. O partido tem crescido em todas as eleições desde sua fundação, em 2012. Este ano, nosso objetivo era formar bons quadros para a política do Tocantins.

Não buscamos apresentar grandes números em quantidade, mas focamos na qualidade.

Acredito que, daqui para frente, nosso foco deve ser garantir representantes qualificados, que possam nos defender nas câmaras municipais, nas prefeituras, na Assembleia, na Câmara Federal e no Senado. Esse é o objetivo do PSD no Tocantins.

O senhor recebeu em Brasília o prefeito eleito Eduardo Siqueira Campos (Podemos), que teve uma vitória interessante em Palmas. Ele se apresenta como uma nova liderança política no Tocantins. Como o senhor viu o retorno dele?

Eduardo Siqueira foi recebido em Brasília por Irajá e pela senadora Eliziane gama (PSD-MA)

Essa foi realmente uma eleição ao mesmo tempo surpreendente, mas merecida, pela história e pelo trabalho já prestado à capital. Eduardo foi o primeiro prefeito de Palmas, depois deputado federal, senador da República e também secretário de Estado no governo Siqueira Campos. Acho que o prefeito eleito Eduardo Siqueira Campos tem todas as credenciais para fazer um grande mandato e, claro, vai poder contar com o meu apoio incondicional.

Quero colaborar, quero ajudar, seja com recursos, seja com apoio político, ou abrindo portas em Brasília para que o governo do próximo prefeito, Eduardo, possa ter uma boa articulação administrativa e política junto ao governo. Ele terá em mim um grande apoio, um parceiro e um parlamentar amigo.

Um dos pontos bastante conhecidos de seu mandato é a destinação de emendas diretamente para os municípios, sem passar pelo Governo do Estado. Por que o senhor tem esse posicionamento?

Isso para mim é muito tranquilo. Respeito os parlamentares que escolhem colocar suas emendas no governo do estado e se sentem confortáveis com isso. Eu confesso que não tenho essa segurança.

Acredito que um dinheiro bem aplicado é aquele que é revertido diretamente no município, porque as pessoas moram nas cidades. Elas não moram no Palácio Araguaia, nem na Praça dos Girassóis.

Acho que o dinheiro é muito melhor aproveitado quando investido diretamente nos municípios, porque ele se transforma em obras na saúde, como postos de saúde; escolas; asfaltamento nos bairros; praças públicas; e quadras esportivas. Tenho feito isso durante os meus 14 anos de vida pública. Nada difere do meu comportamento em nenhum dos mandatos e governos estaduais.

Sempre mantive essa posição por coerência. Acredito que o dinheiro público não pode ir para o ralo ou para as mãos erradas. Infelizmente, desperdícios acontecem, e eu não concordo com isso. Acho que os recursos, quando bem empregados por prefeitos competentes, são muito mais bem aproveitados pela população do Tocantins.

Vamos falar agora de 2026. Como o senhor está vendo os nomes que começam a surgir? O senhor concorrerá novamente ao Senado?

Eu falo isso com muita tranquilidade, porque ainda temos dois anos de mandato. Há muito trabalho a ser feito pelo Tocantins e, aí sim, daqui a dois anos, se a população estiver aprovando e eu merecer, evidentemente pretendo disputar a reeleição para o Senado Federal. Quero continuar servindo ao Tocantins, apoiando o estado, ajudando as cidades e trabalhando pelo meu estado. Estou muito tranquilo em relação a isso.

Acho que a política deve, primeiramente, ser reconhecida pelo eleitor. Os políticos precisam ser reconhecidos pelo trabalho que prestam, e acredito que, oportunamente, essa decisão acontecerá naturalmente.

Agora para o cenário nacional, como o senhor vê o mandato do presidente Lula (PT) e os possíveis nomes que surgem para enfrentá-lo?

Se analisarmos a trajetória do presidente Lula, ele vem provando ser uma liderança política muito respeitada e também muito competente em eleições. Prova disso é que ele já está no terceiro mandato, além de ter feito a presidente Dilma Rousseff (PT) sua sucessora e reeleita. Esse retrospecto demonstra sua capacidade política e também administrativa.

Ele ser candidato à reeleição é algo muito natural, e será um candidato a ser batido por qualquer outro oponente. Pela evolução que o governo está seguindo, acredito que ele será um candidato muito competitivo. Estando na cadeira como presidente da República, ele certamente poderá ser reeleito e continuar o trabalho que vem desenvolvendo.

Apesar de todos os questionamentos, contestações, críticas e divergências que possam surgir, tenho grande respeito pelo presidente Lula e admiro muito o trabalho que ele vem fazendo.

A nível nacional, há também bons quadros sendo apontados pela imprensa, como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (PL); o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo); o governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD); e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil). São muitos nomes lembrados, alguns dos quais podem sair candidatos e representar bem o país.

Acredito que o Brasil hoje tem uma grande vantagem, que é poder contar com bons nomes na disputa como pré-candidatos. Que a democracia prevaleça e que vença o melhor.

Senador, agradecemos muito por ter concedido essa entrevista. O senhor gostaria de deixar alguma mensagem aos nossos leitores?

Eu queria apenas agradecer pelo espaço e pelo convite de estar aqui no jornal. Parabenizo vocês pelo crescimento e, principalmente, pela coragem de noticiar os fatos com verdade absoluta. O papel de um veículo de comunicação sério é divulgar os fatos na íntegra, sem agradar A ou B, seja governo ou oposição, e vocês vêm cumprindo bem esse papel.

Desejo a todos os leitores e à equipe do jornal um Feliz Natal e um próspero Ano Novo, além de um 2025 de muitas realizações!