Ala pediátrica do HGP é infestada por piolhos de pombo
20 junho 2024 às 15h47
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A ala pediátrica do Hospital Geral de Palmas (HGP) enfrentou uma infestação de piolhos de pombo nesta semana. Relatos de profissionais de saúde apontam que a situação causou grande confusão e exigiu ações emergenciais para proteger os pacientes. Uma funcionária, que preferiu manter o anonimato, descreveu a cena como um verdadeiro caos: “Foi uma loucura retirar as crianças das salas. Um absurdo. Disseram até que seringas e luvas infestadas foram incineradas.”
Os piolhos de pombo são pequenos ácaros que vivem em aves como pombos e pardais. Esses ácaros podem provocar reações na pele humana, incluindo vermelhidão, coceira e pequenos inchaços, similares a picadas de mosquitos. Eles são conhecidos por transmitir dermatozoonose, uma condição alérgica resultante de suas picadas, que causa lesões parecidas com picadas de formiga.
Além dessa alergia, os piolhos de pombo podem carregar outras doenças, como criptococose, histoplasmose e salmonelose. A criptococose é uma infecção fúngica que pode atingir o sistema nervoso central, enquanto a histoplasmose é uma infecção respiratória fúngica, e a salmonelose é uma infecção bacteriana que pode causar sérios problemas gastrointestinais.
Para lidar com uma infestação de piolhos de pombo, especialistas em zoonoses sugerem medidas preventivas, como manter áreas limpas, vedar locais que possam abrigar aves e usar telas de proteção em janelas e entradas. Em caso de infestação, a desinfestação profissional é crucial, incluindo uma limpeza profunda e, se necessário, o uso de inseticidas adequados.
O que diz a SES
A Secretaria de Estado da Saúde informou que, após a detecção dos piolhos de pombo em leitos pediátricos no último sábado (15/6), alguns pacientes foram temporariamente relocados dentro do HGP. Uma empresa especializada foi chamada para exterminar os ácaros.
Segundo a Secretaria, a situação foi rapidamente controlada e os pacientes continuaram recebendo toda a assistência necessária. O HGP já está organizando o retorno dos pacientes aos seus leitos originais.
A Secretaria destacou que todas as unidades sob sua gestão passam por dedetizações regulares e que incidentes como este são incomuns. Eles atribuíram o aumento dos pombos ao descarte inadequado de restos de comida por pacientes e acompanhantes.
“As equipes locais sempre orientam pacientes e visitantes sobre o risco de alimentar esses animais,” afirmou a Secretaria de Saúde (com informações do AF Notícias).