Animais do Cerrado são eternizados em artesanato de biscuit
08 novembro 2023 às 12h03
COMPARTILHAR
Além de estarem nas cidades, matas e florestas, agora os animais do cerrado tocantinense estão eternizados em esculturas feitas com biscuit. No estilo Funko Pop, que são bonecos de cabeças gigantes e características marcantes, as estudantes da Universidade Federal do Tocantins (UFT) e produtoras artísticas Júlia Guedes e Layanne Martins têm realizado esse trabalho desde 2020, na pandemia.
Com a suspensão das atividades da universidade e de estágios, foi preciso que as artesãs buscassem outras formas de ocupações e de renda. “Nós duas sempre tivemos afinidade por atividades manuais, então decidimos ingressar nesse tipo de artesanato. Começamos realizando encomendas para amigos e familiares e aos poucos foi surgindo o interesse de outras pessoas até mesmo de fora do estado, então em 2021 consolidamos o nosso trabalho e a nossa marca. É algo muito gratificante para nós trabalhar com artesanato”, afirmou Júlia.
As produtoras artísticas possuem uma página no Instagram, onde divulgam todo o trabalho. As agendas de pedidos dos bonecos estão fechadas, por conta da alta demanda que tiveram ao longo de 2023.
Com o apoio do Programa Municipal de Incentivo à Cultura (Promic 2023), da Fundação Cultural de Palmas (FCP), que busca fomentar a criação de bens artísticos e culturais, as estudantes realizam o projeto “O Cerrado é pop”, que tem como foco principal destacar a biodiversidade do Cerrado Tocantinense, por meio desse tipo de artesanato.
O projeto possui duas frentes, sendo a produção artística de 10 esculturas e a realização de oficinas de artesanato em escolas públicas de Palmas. As esculturas são produzidas artesanalmente pelo Coletivo Pop Queens, grupo formado por artesãs que são mulheres negras, pertencentes à comunidade LGBTQIAP+ e universitárias, a fim de crescer profissionalmente por meio do trabalho artesanal.
Como parte do projeto, o grupo tem viabilizado oficinas de produção dos bonecos nas escolas públicas de Palmas. Em outubro, uma turma do quinto ano da Escola Municipal Henrique Talone Pinheiro participou da oficina e aprendeu a fazer onças de biscuit com o grupo. Outra oficina do tipo ocorreu nesta semana na Escola Municipal Paulo Freire. O projeto irá em mais uma escola da Capital ainda neste mês para ensinar aos alunos mais sobre biscuit e os animais do cerrado.
Para Layanne, a produção de atividades manuais em geral, como o artesanato em biscuit, têm uma influência positiva no desenvolvimento cognitivo de crianças de todas as idades. “É uma forma de despertar a criatividade deles. Acredito que atividades manuais têm uma influência positiva no desenvolvimento infantil”, complementou.