Após 11 meses da tragédia, frentes de construção da nova ponte entre Aguiarnópolis e Estreito se conectam

Imagens captadas por drones mostram o andamento das obras da nova ponte que ligará Tocantins ao Maranhão, quase um ano após o desabamento da antiga estrutura que resultou em 14 mortes. Entre Aguiarnópolis e Estreito, onde antes estava a ponte JK, as duas frentes de construção alcançaram o encontro no vão central nesta sexta-feira, 21. Apesar do avanço, ainda restam etapas a serem concluídas antes da liberação do tráfego.

A antiga ponte desmoronou no dia 22 de dezembro de 2024, deixando 14 mortos, um ferido e três desaparecidos. A tragédia completou 11 meses neste sábado, 22.

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) informou que a obra alcançou 80% de progresso. O órgão não confirmou uma data específica para a conclusão, mas afirmou que a liberação deve ocorrer até o final de dezembro.

Segundo o Dnit, estão em andamento serviços de acabamento, tratamento do concreto e instalação de guarda-corpos, além dos aterros previstos no projeto.

Também seguem pendentes a instalação de duas aduelas convencionais e três aduelas de fechamento em ambos os lados da ponte, estruturas pré-moldadas utilizadas em construções desse tipo.

O vereador Elias Júnior (Republicanos), que estava na ponte JK no momento do colapso e acompanha as etapas da reconstrução, visitou a nova estrutura. Ele registrou o andamento dos trabalhos, atravessou até o lado do Maranhão para mostrar o canteiro de obras e filmou a instalação dos guarda-corpos e a movimentação das equipes.

Nova ponte
Orçada em R$ 171,1 milhões, a obra reúne mais de 500 profissionais que atuam em dois turnos, totalizando quase 24 horas diárias de serviços, inclusive aos domingos e feriados, para cumprir o prazo estabelecido.

A nova travessia sobre o Rio Tocantins terá 630 metros de extensão, 19 metros de largura e um vão livre de 154 metros. O projeto prevê duas faixas de rolamento de 3,6 metros cada, dois acostamentos de três metros, barreiras de proteção tipo New Jersey, dois passeios para pedestres e guarda-corpo nas extremidades do tabuleiro.

Um sistema de monitoramento de deformações e vibrações será instalado na estrutura.

A ponte desabou por volta das 14h50 de 22 de dezembro de 2024. No colapso, caíram no rio três motos, um carro, duas caminhonetes e quatro caminhões, sendo que dois deles transportavam 76 toneladas de ácido sulfúrico e outros 22 mil litros de defensivos agrícolas.