Após cancelar Carnaval, Prefeitura de Palmas confirma Arraiá da Capital 2025

16 abril 2025 às 16h42

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A Prefeitura de Palmas confirmou a realização da 33ª edição do Arraiá da Capital prevista para junho de 2025, apesar de ter cancelado previamente o Carnaval deste mesmo ano. A decisão levanta questionamentos sobre os critérios de priorização de eventos culturais por parte da gestão municipal, atualmente comandada pelo prefeito Eduardo Siqueira Campos (Podemos).
Em resposta enviada por e-mail nesta quarta-feira, 16, a Secretaria de Comunicação de Palmas informou que o Arraiá da Capital está incluído no calendário oficial do município e, por isso, será mantido. A organização está a cargo da Fundação Cultural de Palmas (FCP), presidida por Luara Aquino, que afirma já realiza reuniões de alinhamento com a Federação de Quadrilhas Juninas do Estado do Tocantins.
Apesar da confirmação, a prefeitura informou que o orçamento do evento ainda está em fase final de planejamento, sem detalhar valores, fontes de recurso ou a estrutura prevista. Na edição de 2024, o valor investido foi de R$ 1.106.500,00, com apoio financeiro de até R$ 85 mil para as juninas do grupo especial e R$ 55 mil para o grupo de acesso, além de premiação para as vencedoras.
A promessa da gestão é de que essas informações serão publicadas futuramente no Diário Oficial de Palmas, assim como a data exata da festa. Um dos responsáveis por uma tradicional quadrilha de Palmas afirma que a divulgação do edital e a liberação do dinheiro muito próximo do evento pode comprometer o planejamento, por exemplo, do figurino das quadrilhas. “Estão preparando o edital, mas até agora nada. A gente fala que está atrasado, eles alegam que está dentro do prazo. O dinheiro só vai sair em junho, como fica o figurino? A presidente da fundação sabe da nossa luta, conhece o movimento e acha normal o atraso, isso entristece”, disse a fonte.
Cancelamento do Carnaval
O anúncio da realização do Arraiá vem após a gestão municipal decidir não realizar o Carnaval 2025, medida justificada, à época, por questões de contenção orçamentária e reorganização de prioridades, embasado em um déficit no caixa, que teria sido deixado pela ex-prefeita Cinthia Ribeiro (PSDB) na casa dos R$ 200 milhões. Quando anunciado o cancelamento, a decisão gerou repercussão entre moradores, produtores culturais e representantes de blocos carnavalescos, que alegaram falta de diálogo e planejamento por parte da gestão sobre o movimento cultural.