A Associação de Servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Asibama) do Tocantins protocolou nesta quarta-feira, 10, um pedido à Polícia Federal do Tocantins para federalizar as investigações do assassinato de Sidiney de Oliveira Silva, de 44 anos. Sidiney, um brigadista ambiental, foi morto a tiros em frente a sua casa em Formoso do Araguaia no dia 15 de junho. Desde então, a Polícia Civil tem acompanhado o caso.

Wallace Rafael, presidente da Asibama-TO, afirmou que outro pedido será enviado ao Ministério da Justiça, em Brasília. “A gente espera que esse processo seja concluído o mais rápido possível e que as investigações sejam aprofundadas o suficiente para que a gente chegue no mandante ou mandantes desse crime. A gente espera também que haja uma colaboração entre as polícias Civil e Federal, para que justamente haja uma investigação mais célere e efetiva sobre esse crime. Também vamos protocolar esse pedido junto ao Ministério da Justiça, em Brasília”, declarou.

Posicionamento das autoridades

A Secretaria de Segurança Pública do Tocantins (SSP-TO) informou em nota que está empenhada em resolver o caso, destacando que investigações complexas demandam tempo. 

A Secretaria da Segurança Pública do Tocantins reitera que as circunstâncias da morte do brigadista Sidiney de Oliveira Silva estão sendo investigadas pela 84ª Delegacia de Polícia de Formoso do Araguaia, com o apoio da 3ª Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP – Gurupi), da 8ª Divisão Especializada de Combate ao Crime Organizado (DEIC – Gurupi) e da 7ª Delegacia Regional da Polícia de Gurupi.

A SSP/TO reitera ainda que, a Polícia Civil não tem medido esforços para buscar a elucidação de crimes desta natureza, ressaltando que se tratam de investigações complexas, que demandam um tempo maior para serem concluídas.

Mais informações serão repassadas em momento oportuno”.

Já a Polícia Federal do Tocantins afirmou que a responsabilidade pelo caso é da Polícia Civil, que possui a expertise necessária para conduzir a investigação.

“O caso está sob a responsabilidade da Polícia Civil do Estado do Tocantins, que detém a atribuição legal e constitucional, além da expertise necessária, para realizar a investigação dos fatos através do competente Inquérito Policial”

O crime

Sidiney, casado e pai de três filhos, era um ambientalista e brigadista experiente contratado pelo programa Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Pevfogo) do Ibama, que atuava no combate a incêndios florestais na Ilha do Bananal e territórios indígenas do Parque Nacional do Araguaia.

No dia do crime, ele foi encontrado por sua irmã após ouvir duas “explosões”. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), a arma utilizada foi uma espingarda cartucheira, com os disparos realizados de uma casa abandonada em frente ao local onde ele estava, antes de ser morto. Um vizinho relatou ter visto um homem de jaqueta e capacete em uma motocicleta observando o local antes do amanhecer.