Caseara continua sob instabilidade política e administrativa
12 janeiro 2024 às 12h39
COMPARTILHAR
O município de Caseara passa por momentos difíceis desde o afastamento da prefeita Ildislene Bernardo Santana. Até a virada do ano, a cidade foi administrada pelo vereador Suair Mariano, que era vice-presidente da Câmara, já que o vice-prefeito Francisco Neto (PTB), secretários municipais e o ex-presidente da Câmara, Cleber Pinto Cavalcante (DEM), também foram afastados por suspeita no envolvimento de fraudes na contratação de locação de veículos.
O vereador Suair Mariano, que já foi prefeito de Caseara entre 2001 e 2004, fez a gestão entre o dia do afastamento da prefeita Ildislene (05/12/2023) até 31 de dezembro de 2023, dia em que foi finalizado seu mandato como vice-presidente da Câmara.
No dia 1º de janeiro assumiu a gestão da cidade o vereador Marcos Carvalho Lima, atual presidente da Câmara Municipal, eleito para comandar o legislativo no dia 6 de dezembro. Tal e qual o primeiro interventor, digamos assim, o atual prefeito interino luta para vencer entraves burocráticos, como por exemplo a gestão das contas bancárias da Prefeitura, para pagar funcionários e fornecedores.
Por exemplo, sem pagar o posto de combustíveis não é possível colocar os carros da Prefeitura para a prestação de serviços à população, como coleta de lixo, ambulâncias, veículos administrativos, e até mesmo realizar a cobrança de impostos.
Até agora, nenhum dos vereadores se manifestou sobre as fraudes denunciadas e investigadas pela Polícia Civil. Ninguém falou em solicitar informações à Justiça ou mesmo acionar o Tribunal de Contas do Estado para realizar uma auditoria mais aprofundada nas contas do município. Nem mesmo os dois prefeitos interinos tomaram a iniciativa ou questionaram o que aconteceu em Caseara.
Parece que todos esperam uma volta iminente da prefeita afastada, o que só será definido pela Justiça. A situação é bem parecida com o afastamento do então governador Mauro Carlesse pela Justiça Federal, cujo prazo era 180 dias. No caso de Caseara, o prazo é indeterminado, o que possibilitaria aos vereadores buscar as provas e outros documentos para um possível processo de impedimento da gestora e seu vice.
Mas parece que todos vão esperar a Justiça tomar as providências.
Enquanto isso, a população passa seus perrengues e dificuldades, mas não cobra dos seus representantes uma postura diante das possíveis fraudes que dilapidaram os cofres públicos da cidade.