Confronto durante a Operação Prophylaxis resulta na morte de suspeito em Praia Norte

08 dezembro 2024 às 11h51

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Durante a Operação Prophylaxis, deflagrada pela Polícia Civil na última sexta-feira, 6, um homem de 28 anos morreu em um confronto com a polícia no município de Praia Norte, na região do Bico do Papagaio. Ele estava entre os alvos de 30 mandados de prisão expedidos contra suspeitos de integrar uma organização criminosa envolvida com tráfico de drogas, tortura e crimes contra o patrimônio na região.
De acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP), o homem não teve o nome divulgado e reagiu à abordagem policial de forma violenta, atirando contra as equipes da Polícia Civil e Militar. No decorrer do confronto, ele foi baleado, socorrido pelos policiais e levado para atendimento médico, mas não resistiu aos ferimentos e veio a óbito.
Na residência do suspeito, a polícia apreendeu substâncias ilícitas, como crack, maconha e cocaína, além de uma arma de fogo utilizada no ataque. Também foi encontrado um caderno com anotações que indicam o envolvimento do homem em atividades relacionadas ao tráfico de drogas, sugerindo uma movimentação financeira significativa. Segundo a SSP, o material encontrado reforça as suspeitas de que ele fazia parte de uma rede criminosa de grande porte.
A Polícia Civil informou ainda que o homem havia sido monitorado pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO/TO) desde o início deste ano, em razão de sua ligação com atividades ilícitas na região, “Ele era suspeito de dar apoio a integrantes da facção carioca, que teriam realizado ameaças graves contra autoridades judiciais, membros do Ministério Público e policiais na cidade de Dianópolis, no sudeste do estado”, informou o delegado Jacson Wutke.
A Operação Prophylaxis resultou no cumprimento de 16 mandados de prisão preventiva e 14 mandados de busca e apreensão nas cidades de Augustinópolis, Carrasco Bonito, Praia Norte e Axixá do Tocantins. A ação contou com a participação de mais de 80 policiais civis, com o apoio do Grupo de Operações Táticas Especiais (GOTE), Ministério Público e Polícia Militar.
O objetivo da operação foi desarticular uma organização criminosa com ligação a uma facção do Rio de Janeiro, que tentava se estabelecer na região. Este grupo buscava ocupar o espaço deixado por uma facção maranhense, desmantelada durante a operação Absterge, realizada pela Polícia Civil em 2022. Naquele momento, mais de 30 integrantes da facção maranhense foram presos preventivamente e, após julgamento, condenados a penas que, somadas, ultrapassam 700 anos de prisão.