Conheça novo superintendente do DNIT no Tocantins, nomeado pelo governo Lula

30 abril 2025 às 15h44

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O Governo Federal nomeou Luiz Antonio Ehret Garcia como novo superintendente regional do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) no Tocantins. A nomeação foi oficializada nesta quarta-feira, 30, por meio de portaria assinada pelo Ministro dos Transportes, Renan Filho, e publicada no Diário Oficial da União (DOU).
Luiz Antonio Ehret Garcia é servidor público federal efetivo desde 23 de agosto de 2006, vinculado ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), no qual ocupa o cargo de analista em infraestrutura de transportes.
Antes de ser nomeado no Tocantins, exercia suas funções no estado do Mato Grosso, onde estava lotado no Serviço de Planejamento e Projetos, unidade do DNIT subordinada ao Ministério dos Transportes. Lá, ocupou cargos de chefia, incluindo o de chefe do Serviço de Engenharia da Superintendência Regional e superintendente regional. Ele chegou a ser diretor nacional de Infraestrutura Rodoviária do DNIT.
Na mesma edição do Diário Oficial, foi formalizada a exoneração de Renan Bezerra de Melo Pereira, que estava afastado do cargo desde janeiro deste ano, no contexto da investigação sobre o desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que liga o Tocantins ao Maranhão.
Renan Bezerra foi afastado do posto de superintendente regional no dia 17 de janeiro de 2025. Segundo o Ministério dos Transportes, a medida foi adotada para permitir a apuração das causas da queda da ponte. Inicialmente previsto para durar 60 dias, o afastamento foi prorrogado por mais 60 dias em 17 de março. Durante esse período, Renan continuou recebendo remuneração. Desde janeiro deste ano, o servidor Flávio Ferreira Assis, analista em Infraestrutura de Transportes, foi designado para assumir o cargo provisoriamente.
A sindicância interna que apura responsabilidades no incidente com a ponte está em fase final, de acordo com o DNIT, e os resultados devem ser divulgados na próxima semana.
A ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira apresentava sinais de deterioração antes do desabamento. Em maio de 2024, o DNIT iniciou um processo para contratar empresas responsáveis pela reforma da estrutura, construída na década de 1960, mas a contratação não foi concluída. Documentos técnicos indicavam a existência de “vibrações excessivas e desgaste visual de suas estruturas e do seu pavimento”.
Um relatório elaborado em 2020 já apontava fissuras, rachaduras e inclinações nos pilares da ponte. O documento mencionava ainda a presença de uma rachadura significativa no meio do vão principal de 140 metros, com destaque para “fissuras no cobrimento da protensão externa, no meio do vão principal da ponte (140m) e na seção do apoio P6”.
O desabamento ocorreu no dia 22 de dezembro de 2024, quando o vão central da ponte cedeu, segundo informações do DNIT. No acidente, 14 pessoas morreram, três continuam desaparecidas e uma sobreviveu. A queda da estrutura foi registrada em vídeo pelo vereador Elias Junior (Republicanos), que filmava a situação da ponte no momento em que ela desabou.
No total, dez veículos — incluindo carros, motos, caminhonetes e caminhões — caíram no rio Tocantins. Dois dos caminhões transportavam 76 toneladas de ácido sulfúrico e outros 22 mil litros de defensivos agrícolas.
Em fevereiro, a parte remanescente da ponte foi implodida com o uso de 250 kg de explosivos. A demolição foi necessária para permitir o início da construção de uma nova ponte no local. Atualmente, segundo o DNIT, cerca de 20% das obras foram concluídas.