Conta de luz deve aumentar 3,5% em maio, diz Aneel

O Boletim InfoTarifa divulgado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), em 2025, informou que haverá acréscimo de 3,5% no efeito médio projetado a partir do mês de maio, número abaixo da projeção de inflação para o ano pelo Índice Geral de Preços (IGP-M), de 5,1%, e pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 5,6%. 

Após cinco meses de bandeira verde (sem custo adicional), a conta de luz pode ter a cobrança adicional da bandeira amarela no próximo mês. A estimativa da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) indica um extra de R$1,88 para cada 100 quilowatts-hora consumidos.

O sistema de cobrança adicional nas faturas de energia elétrica, conhecido como bandeiras tarifárias, foi implementado para transferir de maneira mais ágil aos consumidores os incrementos nos custos de produção de energia. Adicionalmente, este mecanismo visa alertar os consumidores acerca do panorama da geração de eletricidade no país.

A previsão de gastos de R$40,6 bilhões da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), que retrata o aumento de 9,2% em 2025 se comparado ao ano de 2024, é um dos fatores que podem justificar a estimativa da Aneel. Outros fatores incluem os índices inflacionários nos custos de distribuição (parcela B), a chegada do período seco, encargos setoriais, custo de transportes, custos financeiros e o aumento do custo da compra de energia na Usina Hidrelétrica de Itaipu devido à alta da taxa do dólar. 

A redução de 2,7% nos componentes financeiros de tarifa, incluindo a devolução de valores cobrados indevidamente na conta de energia antes da exclusão do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) da base de cálculo do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Confins), contribui para atenuar o aumento.

De acordo com a Aneel, mesmo com a transição do período chuvoso para o de estiagem, a geração de usinas hidrelétricas, que é mais barata que a geração térmica, continua em níveis estáveis até este mês de abril.

* Amanda Helen cumpre estágio obrigatório por meio do convênio firmado entre o Jornal Opção e a Universidade Federal do Tocantins (UFT), sob supervisão de Elâine Jardim.