Uma criança indígena de 2 anos da etnia Xerente desapareceu na quarta-feira, 8, na aldeia Cristalino, localizada no município de Tocantínia, região central do Tocantins. Segundo relatos dos Bombeiros e da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), o menino estava às margens do córrego Piabanha com a mãe quando, em um momento de descuido, entrou na água e não foi mais visto.

De acordo com o relatório oficial dos Bombeiros, a equipe da Companhia Independente de Busca e Salvamento (CIBS) foi acionada pela Funai ainda no dia 8. Ao chegar ao local, os militares fizeram o reconhecimento da área e conversaram com familiares. No entanto, devido ao alto volume de água, muitas pedras e galhadas, além da força das correntezas, não foi possível realizar mergulhos.

As buscas em superfície foram iniciadas nas proximidades do local do desaparecimento, mas terminaram sem sucesso ao final do dia. Os Bombeiros informaram aos familiares que as buscas seriam retomadas na manhã seguinte.

Na quinta-feira, 9, outra equipe da CIBS, composta por quatro militares, retornou ao córrego Piabanha. Apesar das condições adversas persistirem, a equipe realizou buscas superficiais, descendo o rio por cerca de 7 quilômetros. Apesar dos esforços, a criança não foi localizada.

Dificuldades nas buscas

O córrego Piabanha é descrito como estreito e repleto de galhadas e pedras, o que, combinado com o aumento do nível da água provocado pelas chuvas, torna as operações extremamente complexas. Segundo os Bombeiros, a força das correntezas e o tempo de submersão tornam impossível localizar o corpo apenas na superfície.

O desaparecimento da criança e a dificuldade em encontrá-la têm mobilizado a comunidade da aldeia Cristalino e reforçam os desafios enfrentados pelas equipes de busca em condições extremas. As operações seguem sendo acompanhadas de perto por moradores e representantes da Funai.

Próximos passos

Os Bombeiros informaram que as buscas serão retomadas com estratégias adequadas às condições do córrego. O caso continuará sendo monitorado pelas autoridades locais.