Na manhã desta terça-feira, 4, um desdobramento da Operação Asfixia resultou na prisão de 15 pessoas, entre elas nove mulheres e seis homens, nos estados do Tocantins e São Paulo. As prisões aconteceram em cidades como Palmas, Araguaína, Paraíso e Porto Nacional, no Tocantins, além da capital paulista, Praia Grande e Barueri. Além das detenções, a ação cumpriu 18 mandados de busca e apreensão e 20 ordens de bloqueio de contas bancárias. Dois suspeitos continuam foragidos.

Durante o cumprimento dos mandados, a polícia apreendeu celulares, máquinas de cartões, cartões bancários, anotações sobre o tráfico de drogas e mais de R$ 16 mil em dinheiro. O delegado Alexander Costa, da 1ª Divisão Especializada de Repressão a Narcóticos (Denarc – Palmas), explicou que o objetivo da operação foi desarticular uma célula de uma organização criminosa armada, envolvida no tráfico interestadual de drogas e na lavagem de dinheiro. “Prendemos indivíduos que forneceram suas contas bancárias para que o dinheiro oriundo do tráfico pudesse ser movimentado no sistema formal bancário. Então com as prisões de hoje conseguimos interromper o núcleo financeiro dessa organização criminosa”, disse.

As investigações, lideradas pelos delegados Alexander Costa e Thyago Busttorf, começaram em 2024 após prisões realizadas em Palmas, que revelaram a estrutura da organização criminosa. O grupo possuía uma divisão de tarefas que envolvia núcleos de direção, gerenciamento, financeiro, transporte e vendas, com traficantes operando diretamente na ponta. Embora os líderes estivessem em São Paulo, a atuação do grupo se expandia por vários estados, como Tocantins, Piauí, Rio Grande do Norte, Ceará e Maranhão.

Além do tráfico de drogas, a organização também estava envolvida no envio de armas, especialmente pistolas de origem turca, para facções criminosas. O delegado Costa destacou que algumas dessas armas foram utilizadas em disputas de poder entre facções, resultando em homicídios em Palmas no primeiro semestre de 2023. “Foi identificado que essa organização, além do tráfico de drogas, também remetia armas para esses estados e fomentava a guerra de facções. Inclusive, as investigações apontaram que diversas pistolas turcas apreendidas em Palmas foram enviadas por essa organização e utilizadas por facções durante a disputa de poder que resultou em vários homicídios no primeiro semestre de 2023 em Palmas”, relatou.

Os presos foram encaminhados para unidades prisionais locais e permanecem à disposição do Judiciário. A operação contou com o apoio de diversas divisões da Polícia Civil do Tocantins e de São Paulo, incluindo equipes especializadas em crimes organizados e combate ao tráfico de drogas.