O Índice de Progresso Social (IPS) do Brasil, estudo feito pela organização Social Progress Imperative (SPI) em 2024, mostra que Palmas é a nona capital do Brasil com melhor qualidade de vida, com 68,07 pontos. O IPS mede o desempenho social e ambiental de territórios em diferentes escalas globalmente desde 2014. No Brasil, o IPS 2024 foi lançado pelo Imazon em parceria com outras instituições, avaliando os 5.570 municípios e todas as unidades federativas.

Palmas apresenta um desempenho misto em indicadores de qualidade de vida e desenvolvimento. A cidade se destaca positivamente em áreas como água e saneamento. Além disso, a moradia também é um ponto forte, com 91,61% dos domicílios contando com coleta de resíduos, iluminação e condições adequadas de habitação. Na educação, o acesso ao conhecimento básico é relativamente bom, com um índice de 79,11, evidenciado por baixas taxas de abandono escolar no ensino fundamental e médio.

No entanto, a cidade enfrenta desafios. A segurança pública é um dos principais problemas, com um índice de apenas 43,91. Na saúde, o desempenho é moderado (63,99), com preocupações em relação à mortalidade infantil, doenças crônicas e expectativa de vida. Outro ponto crítico é a inclusão social, com um índice baixo de 36,01.

Ao Jornal Opção Tocantins, o prefeito de Palmas, Eduardo Siqueira Campos (Podemos), destacou há muito a ser feito para tornar Palmas ainda mais desenvolvida. Ele enfatizou a importância de investimentos na infraestrutura urbana, citando que melhorias no aeroporto poderiam ajudar a divulgar as potencialidades da cidade para visitantes e investidores. Segundo ele, a recuperação da malha viária e o melhor aproveitamento da orla são passos essenciais para essa transformação.

O gestor municipal também ressaltou a necessidade de revitalizar espaços públicos fundamentais, como as praias da cidade — Arnos, Graciosa, Caju, Prata e Buriti —, além de equipamentos como a Feira do Bosque e as feiras populares. Para ele, a reestruturação de locais estratégicos, como o Rodoshopping e o Camelódromo, também faz parte do projeto de tornar Palmas ainda mais acolhedora.

Ao abordar a infraestrutura da cidade, o gestor disse que quer entregar à população uma capital bem planejada, com vias asfaltadas e sem buracos. “Nosso compromisso é devolver a Palmas uma cidade limpa, seguindo seu planejamento.” Ele mencionou, ainda, a importância de recuperar espaços culturais e esportivos, como o Centro de Convenções, o Espaço Cultural e o Ginásio Ayrton Senna, além das centenas de praças que estão passando por um processo de revitalização.

Por fim, o prefeito se mostrou otimisma em relação ao futuro da cidade, destacando que projetos como as pontes da integração e a padronização do asfalto podem elevar ainda mais a posição de Palmas nos rankings de qualidade de vida. “Temos muito o que comemorar e compartilhar com todos que nos ajudaram a chegar até aqui, mas seguimos sonhando e projetando um futuro ainda mais promissor para a Palmas que queremos.”

Ranking

A capital tocantinense fica atrás de Brasília (DF) que lidera o ranking com 71,25 pontos, seguida por Goiânia (GO), que obteve 70,49. Em terceiro lugar está Belo Horizonte (MG), com 69,62, enquanto Florianópolis (SC) aparece na quarta posição com 69,56. Curitiba (PR) ocupa o quinto lugar com 69,36, seguida por São Paulo (SP), que registrou 68,79. Cuiabá (MT) figura na sétima colocação com 68,47, Campo Grande (MS) vem em oitavo com 68,21. Confira o ranking completo abaixo. 

O índice, composto por 53 indicadores sociais e ambientais, é dividido em três dimensões: Necessidades Humanas Básicas, Fundamentos do Bem-estar e Oportunidades. A pontuação geral do Brasil foi de 61,83 em uma escala de 0 a 100. A melhor dimensão foi Necessidades Humanas Básicas (73,58), enquanto Oportunidades teve o pior desempenho (44,83). Entre os componentes, os melhores resultados foram Moradia (87,74) e Água e Saneamento (77,79), enquanto os piores foram Direitos Individuais (35,96) e Acesso à Educação Superior (43,88).

Os estados com as melhores notas foram Distrito Federal (71,25), São Paulo (66,25) e Santa Catarina (64,24), enquanto os piores desempenhos ficaram com Maranhão (55,72), Rondônia (55,67) e Pará (53,20). Os municípios foram classificados em nove grupos (Tiers), sendo que os melhores resultados foram observados nas capitais e grandes cidades, enquanto os piores índices estavam em municípios menos populosos e afastados dos centros urbanos. O relatório IPS Brasil 2024 será atualizado anualmente para acompanhar as mudanças socioambientais e auxiliar na formulação de políticas públicas.

Índice de Progresso Social Brasil 2024 | Fonte: IPS